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Valor da cesta básica de Porto Alegre cai mas ainda é a segunda mais cara do país, diz Dieese

A cesta básica de Porto Alegre registrou queda de 0,25% em maio de 2023, passando a custar R$ 781,56, sendo a segunda mais cara do Brasil, abaixo apenas de São Paulo (R$ 791,82). Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 6, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Dos 13 produtos pesquisados, nove registraram queda de preço: o óleo de soja (-13,31%), a banana (-6,59%), o feijão (-1,94%), a manteiga (-1,73%), o arroz (-1,71%), o café (-0,78%), o leite (-0,73%), a carne (-0,61%) e o pão (-0,30%). Quatro itens ficaram mais caros: a batata (12,55%), o tomate (5,73%), o açúcar (1,34%) e a farinha de trigo (1,20%).

De janeiro a maio de 2023, a cesta registrou variação de 2,08%. Oito itens apresentaram alta: o feijão (17,03%), o leite (16,81%), o arroz (9,79%), o tomate (8,05%), o pão (3,71%), a carne (2,97%), o açúcar (0,89%) e a manteiga (0,76%). Em sentido contrário cinco ficaram mais baratos: o óleo de soja (-23,80%), a batata (-14,47%), a banana (-9,37%), o café (-4,02%) e a farinha de trigo (-3,31%).

No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta registrou variação de 1,67%. Foram registradas elevações em oito dos 13 produtos da cesta: a manteiga (16,33%), o tomate (15,55%), o arroz (14,16%), o leite (8,84%), o pão (6,93%), a farinha de trigo (3,47%), o açúcar (0,44%) e o feijão (0,35%). Cinco itens ficaram mais baratos: o óleo de soja (-35,11%), a batata (-21,57%), o café (-2,14%) a banana (-1,15%), e a carne (-1,00%).

MÍNIMO NECESSÁRIO 

Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em maio de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.652,09 ou 5,04 vezes o mínimo reajustado para R$ 1.320,00. Em abril, o valor necessário era de R$ 6.676,11 e correspondeu a 5,13 vezes o piso mínimo, que era de R$ 1.302,00. Em maio de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.535,40 ou 5,40 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212,00.JA TAMBÉM

RENDA 

Com o aumento do salário mínimo de R$ 1.302,00 para R$ 1.320,00, em maio de 2023, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica diminuiu de 114 horas e 59 minutos, em abril, para 113 horas e 19 minutos, em maio. Na comparação com maio de 2022, a jornada média foi de 120 horas e 52 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, em maio de 2023, 55,68% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Em abril, antes do reajuste do salário mínimo, o percentual da renda líquida comprometido foi de 56,51%. Em maio de 2022, o percentual era de 59,39%.

(*) com Jornal Correio do Povo

Autor: Rádio Guaíba

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