As 32,4 mil doses da vacina bivalente contra Covid-19 enviadas ao Rio Grande do Sul serão distribuídas aos municípios gaúchos ao longo desta sexta-feira, de acordo com a previsão da Secretaria Estadual da Saúde do RS. O lote do imunizante da Pfizer chegou à Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos do RS (Ceadi) nesta quinta-feira, de onde as remessas partem para envio ao município de Porto Alegre e às 18 coordenadorias regionais de saúde (CRS), que repassam as vacinas às cidades do interior do Estado.
A imunização deve iniciar na próxima semana, conforme estimativa do governo gaúcho, com foco nas pessoas que vivem em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) e trabalhadores desses espaços. Os profissionais de saúde irão aos locais para realizar a aplicação, no formato extramuro. A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, explica que o Estado faz o gerenciamento da chegada e distribuição das doses e que a organização da vacinação é de competência dos municípios. “As estratégias são planejadas em uma agenda municipal. As equipes municipais que se organizam e fazem os cronogramas para visitas e vacinação na instituição”, detalha.
O público das Instituições de Longa Permanência de Idosos no RS é composto por aproximadamente 35 mil pessoas, conforme levantamento preliminar do Cevs. Para completar essa etapa de imunização nas ILPIs será necessário aguardar a chegada de novas vacinas, previstas pelo Ministério da Saúde para o dia 11, com 226,8 mil doses. Também são esperados outros lotes em 18 de fevereiro (324 mil doses) e 1º de março (672,7 mil doses). As próximas fases ainda não têm previsão de início. A diretora do Cevs considera fundamental a chegada de novos lotes para a organização de atendimento a um público maior. “Estar com a vacina aqui é importante para podermos organizar e planejar o quantitativo necessário para atender cada um desses grupos nos 497 municípios e distribuir de forma proporcional”, destaca.
Campanha federal
O início da imunização com a vacina ambivalente no Estado se antecipa à campanha nacional, prevista para começar em 28 de fevereiro, segundo a representante da Secretaria da Saúde do RS. A fase 1 do Ministério da Saúde inclui idosos das Instituições de Longa Permanência e também pessoas de 70 anos ou mais, imunocomprometidos e comunidades indígenas. A expectativa, conforme Tani Ranieri, é que a maioria dos municípios gaúchos já esteja com a vacinação adiantada quando for lançada a campanha do governo federal.
O esquema vacinal para os grupos prioritários será de uma dose da vacina bivalente para as pessoas que apresentarem pelo menos o esquema prévio de duas doses com vacinas monovalentes. O intervalo para doses de reforço com vacinas bivalentes será a partir de 4 meses da última dose de reforço ou última dose do esquema primário com vacinas monovalentes. As demais etapas, conforme a agenda federal são: Fase 2: pessoas de 60 a 69 anos de idade; fase 3: gestantes e puérperas; fase 4: trabalhadores da saúde; fase 5: pessoas com deficiência permanente. Ao todo, pouco mais de três milhões de pessoas fazem parte no RS desses grupos prioritários elencados pelo Ministério da Saúde para as primeiras cinco fases.
A vacina bivalente
A vacina bivalente, produzida pela Pfizer, foi desenvolvida em cima de duas variantes da Ômicron, responsáveis pelo maior número de casos. Os frascos se diferenciam dos demais por terem a cor da tampa cinza. “Por ter sido produzida a partir de variantes da Ômicron, ela é uma mais específica e ela tem um potencial maior de desenvolver imunidade, principalmente naquelas pessoas que de alguma maneira tenham o sistema imunológico mais enfraquecido e tem uma resposta imune mais baixa”, explica a diretora do Cevs.
Autor: Correio do Povo Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER
