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Presidente do partido de Bolsonaro diz que operação contra ex-diretor da Abin é “perseguição” ao ex-presidente e chama Pacheco de “frouxo”

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

 

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quinta-feira (25), que a operação da Polícia Federal (PF), que teve como alvo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), é um “absurdo” e representa “uma perseguição do Alexandre de Moraes com o PL e Bolsonaro”.

Valdemar culpou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por não ter tomado “providências” contra as operações e opinou que a investigação vai ajudar Ramagem na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro este ano.

A PF cumpriu nesta quinta 21 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de participar de espionagem ilegais na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos alvos é Ramagem, que comandou a agência durante o governo Jair Bolsonaro e é pré-candidato à prefeitura do Rio com o apoio do ex-presidente. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“É uma perseguição aberta do Alexandre de Moraes contra o PL e o Bolsonaro”, afirmou Valdemar, lembrando que Bolsonaro foi considerado inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Já tinha que ter feito um impeachment dele (de Alexandre), para investigar essas decisões. Tem que ser questionadas essas decisões”.

Ramagem se tornou próximo do clã político na campanha de 2018, quando foi destacado pela PF para coordenar a segurança do então candidato após ele ter sido alvo de uma facada em setembro daquele ano e quase morrer.

Dois anos depois, em 2020, quando o hoje senador Sergio Moro (União-PR) deixou o Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na PF, o ex-presidente quis colocar Ramagem como diretor do órgão, mas o Supremo barrou a nomeação devido à proximidade pessoal de ambos.

Outro parlamentar do PL, Carlos Jordy (RJ), também foi alvo na semana passada de uma operação da PF. O deputado federal foi um dos que entrou na mira da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada no dia 18, que visava identificar “pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano 2023 no interior do Rio de Janeiro”. Valdemar afirmou que a sequência de investigações contra deputados representa um desrespeito ao Legislativo.

“Na época do Antônio Carlos (Magalhães), do Renan (Calheiros), isso jamais aconteceria. Somos um poder e não fomos respeitados”, disse ele. “A culpa é do presidente do Senado, que é presidente do Congresso, e que tinha que ter tomado previdências. Infelizmente, isso só vamos poder mudar quando elegermos um presidente do PL”.

Valdemar opinou ainda que a operação contra Ramagem não deve prejudicar as chances do deputado na disputa à prefeitura do Rio de Janeiro. “Vai acabar é ajudando. O eleitor do Rio é muito esperto”, concluiu.

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Autor: O Sul

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