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Médicos do IPE-Saúde decidem manter paralisação até 2 de maio

Presidente do Simers saiu insatisfeito, mais cedo, de reunião com representantes do governo

Em uma assembleia realizada em formato híbrido, na noite desta quarta-feira, médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde) decidiram manter, até 2 de maio, uma paralisação iniciada, com a adesão parcial da categoria, na segunda-feira passada.

De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que organizou o encontro, a data-limite se refere à expectativa da categoria sobre o projeto de reestruturação da autarquia, que deve ser apresentado nos próximos dias à Assembleia Legislativa.

Mais cedo, o presidente do Simers, Marcos Rovinski, saiu insatisfeito de uma reunião com representantes do governo estadual. A expectativa era receber uma sinalização de que, depois de 12 anos de defasagem, vão ser reajustados os honorários médicos e hospitalares pagos pelo IPE Saúde. O governo protelou qualquer anúncio para a semana que vem, quando um plano de reestruturação deve ser detalhado.

Entre segunda-feira e hoje, cerca de 60% dos 6,5 mil médicos que atendem pelo plano suspenderam os atendimentos, de acordo com o Simers, mantendo apenas os procedimentos de urgência e emergência.

Consultada pelo Correio do Povo, a direção do IPE Saúde minimizou o impacto da paralisação dizendo que resultou em 9% de consultas a menos em relação às cerca de 11 mil de um dia normal. De acordo com a assessoria do plano, a maioria dos atendimentos eletivos que tinham risco de cancelamento, entre segunda e quarta-feira, pode ser remarcada com antecedência.

O presidente do Simers reforça que o risco de descredenciamento em massa persiste. “Infelizmente, o que vemos é a falta de interesse dos médicos em continuar atendendo pelo IPE e queremos uma solução, pois são mais de 1 milhão de usuários que ficarão desassistidos, sobrecarregando ainda mais o SUS”, disse Rovinski.

Também participaram da assembleia, nesta quarta, o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), Carlos Sparta, e o presidente da Associação Médica do RS (Amrigs), Gerson Junqueira, entre outros representantes da classe.

Foto: Divulgação

Autor: Rádio Guaíba

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