Clima

Catástrofe no Chile pela maior chuva desde 1993; veja as imagens

Machadinho
Scattered Clouds
15
15º – 12º
99%
0.37 km/h
15
sáb
14
dom
18
seg
21
ter
27
qua
Max. de Almeida
Light Rain
14
14º – 11º
99%
0.48 km/h
14
sáb
14
dom
17
seg
21
ter
27
qua

 

 

O Chile enfrenta as consequências do maior episódio de chuva desde 1993. Os acumulados de chuva em estação meteorológica em Maule estava em quase 800 mm em apenas 72 horas. A chuva em volumes extraordinários, provocada por um rio atmosférico, deixa mortos e desaparecidos.


 

As autoridades chilenas declararam no sábado uma zona de catástrofe em várias regiões do país, de Valparaíso a Biobío, devido aos problemas registrados no Centro e Sul chileno devido às chuvas incessantes causadas pela passagem de um sistema frontal e a atuação de um rio atmosférico.

 

A ministra do Interior e Segurança Pública, Carolina Tohá, destacou que o governo decretou zona de calamidade “por força de todo o panorama que temos e também das preocupações que há por parte das autoridades”.

“Decidiu-se emitir o decreto de zona de catástrofe em todas as regiões afetadas, de Valparaíso a Biobío. Isso, o que permite, é que uma vez gastos os recursos emergenciais previstos, recursos adicionais possam ser utilizados”, disse o chefe da pasta chilena.

 

As fortes chuvas provocaram o transbordamento dos rios Mapocho e Maipo, que nascem nos Andes e atravessam a capital chilena Santiago. Outros rios que cruzam a zona central chilena também transbordaram, como o Cachapoal, o Tinguiririca e o Teno.

Segundo a delegada presidencial da Região Metropolitana de Santiago, Constanza Martínez, esta “foi uma chuva muito intensa e muito pouco tempo”, que segue uma seca estrutural, disse ela. Ele acrescentou que em algumas áreas da cordilheira é a maior quantidade de chuva desde 1993.

O governo divulgou neste domingo um novo balanço e informou que há dois mortos, seis desaparecidos e quase oito mil isolados. Existem 7.977 pessoas isolada e 3.383 desabrigadas. Relativamente às habitações, o governo destacou que 1.951 estão com danos ligeiros, 751 com danos graves e 54 com perda total.

 

As imagens captadas do ar e transmitidas pela televisão local em cidades como Coltauco e Licantén mostram a magnitude da crise. Na primeira, na região de O’Higgins e 120 quilômetros ao Sul de Santiago, a foz do rio Cachapoal inundou 80% da cidade e deixou 200 pessoas isoladas. Em Licantén, região de Maule e a 210 quilômetros da capital, havia 700 pessoas isoladas e quase todos os seus edifícios inundados, incluindo seu hospital, devido à inundação do rio Mataquito.

O transbordamento de rios causou interrupções em algumas das principais rodovias, como a que liga o país de Norte a Sul, e a que vai de Santiago à cidade e o porto de Valparaíso. Além disso, as pontes ferroviárias foram danificadas pela força dos rios.

Algumas regiões afetadas pelas enchentes foram atingidas no verão passado por grandes incêndios florestais que destruíram 439 mil hectares e deixaram 26 mortos. As fortes chuvas, que começaram na quinta-feira, se concentraram em poucas horas, principalmente na cordilheira e no sopé dos Andes, onde costuma nevar. Isso causou forte erosão das colinas e um rápido aumento no fluxo dos rios.

 

As regiões do Maule ao Biobío foram as que anotaram os maiores volumes de chuva, de acordo com dados de estações meteorológicas. Houve acumulados acima de 500 mm junto à Cordilheira dos Andes, informou a Meteorologia do Chile.

Em Maule, estação de Rio Claro, localizada a 550 metros de altitude, quase na confluência com o Rio Maule, registrou quase 600 mm de chuva. Outra estação, de Bullileo, somou 772 mm em 72 horas até 15h deste domingo.

As intensas precipitações de chuva e neve entre Chile e Argentina se devem a um rio atmosférico de grande intensidade que se origina no Pacífico e transporta enorme quantidade de umidade para os Andes. Uma vez que a isoterma está alta, ou seja, a temperatura só atinge 0ºC em elevada altitude, em muitos locais em que a precipitação deveria vir na forma de neve está caindo como chuva e com volumes excessivos.


CONICET

Os rios atmosféricos são regiões longas e concentradas na atmosfera que transportam ar úmido dos trópicos para latitudes mais altas. O ar úmido, combinado com ventos de alta velocidade, produz chuva pesada e neve, conforme a região no mundo.

Esses eventos extremos de precipitação podem levar a inundações repentinas, deslizamentos de terra e danos catastróficos à vida e à propriedade. Embora os rios atmosféricos tenham muitas formas e tamanhos, aqueles que contêm as maiores quantidades de vapor de água podem criar chuvas e inundações extremas, muitas vezes parando sobre bacias hidrográficas vulneráveis a inundações.

Tais episódios podem interromper estradas, induzir deslizamentos de terra e causar danos catastróficos à vida e à propriedade. Um exemplo bem conhecido de um rio atmosférico é o “Pineapple Express”, um forte rio atmosférico capaz de trazer umidade dos trópicos próximos ao Havaí para a costa Oeste dos Estados Unidos.

 

Autor: MetSul Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER

Botão Voltar ao topo