
Violento temporal atingiu na noite desta quarta-feira o município de Giruá, na região de Santa Rosa, no Noroeste do Rio Grande do Sul. As primeiras informações dão conta de grande destruição na cidade com muitos danos e vítimas pela tempestade.
Os relatos iniciais de Giruá informam sobre casas destruídas, postes caídos, árvores derrubadas pelo vento e coberturas de residências e galpões arrancados com a força do vendava.
Há um grande número de árvores tombadas na pista em estradas da região, conforme imagens publicadas em redes sociais por motoristas e moradores do Noroeste gaúcho. O acesso ao município de Giruá está parcialmente interrompido na RS-344 como consequência da tempestade severa.
O incidente mais grave, de acordo com a imprensa local, ocorreu em uma quadra de padel do município, que veio abaixo com a força do temporal. As informação ainda preliminares de rádios da região são de pessoas que ficaram presas sob os escombros.
As emissoras do Noroeste do Rio Grande do Sul informam ainda que várias pessoas estão recebendo atendimento no hospital local e que há um grande número de feridos, alguns com gravidade.
As imagens de satélite da noite desta noite mostram um CCM entre o Noroeste do Rio Grande do Sul, o Oeste de Santa Catarina e o Sudoeste do Paraná com a instabilidade mais intensa sobre o Noroeste gaúcho.
CCM é a sigla para Complexo Convectivo de Mesoescala. Trata-se de grande aglomerado circular e de longa duração de nuvens muito carregadas, identificado por satélite, que provoca chuva intensa e tempestades. Podem ocorrer tornados e microexplosões quando da atuação destes aglomerados.

CCM, um grande aglomerado de tempestades, sobre o Noroeste do Rio Grande do Sul nesta noite registrado pelas imagens de satélite do GOES-16 da NOAA/NASA | METSUL
Estes complexos surgem geralmente durante a noite e enfraquecem durante o dia e são comuns em meses da primavera e do verão nas latitudes médias da América do Sul sob ar tropical quente, úmido e muito instável.
A MetSul Meteorologia havia advertido para o risco de tempo severo na Metade Norte do Rio Grande do Sul com abundante umidade na periferia de uma massa de ar quente excepcionalmente intensa e uma das mais fortes a ter atuado até hoje sobre o Brasil.
Autor: MetSul
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