Como será o clima na segunda metade de agosto? O período marca os últimos dias do que se denomina do inverno climático, que vai de 1º de junho a 31 de agosto, e desta forma ainda tem frio no Sul do Brasil com a chegada de incursões de massas de ar frio que avançam a partir do polo.
O inverno até agora é marcado por temperaturas acima a muito acima da média no Brasil, inclusive na Região Sul, e o panorama não deve ter alterações no panorama no território nacional com marcas muito acima da climatologia histórica na esmagadora maioria dos estados brasieiros.
A segunda metade de agosto, historicamente, costuma ser um período meteorológico muito ativo. Os registros históricos mostram, por exemplo, várias ocorrências de frio intenso, calor, tempestades fortes, e ciclones no Prata e na região Sul do Brasil.
O marcante evento de neve em Porto Alegre, em 1984, se deu no dia 24 de agosto. O tornado que arrasou a cidade gaúcha de Muitos Capões ocorreu no final de agosto de 2005, mesmo ano em que um ciclone com vento de 200 km/h atingiu o Sul do Uruguai. O recorde de calor de agosto na Grande Porto Alegre, de 36,1ºC em Campo Bom, se deu em 19 de agosto de 2021.
Assim, a segunda metade de agosto costuma ter extremos tanto de frio como de calor no Sul do Brasil. A proximidade maior com a primavera, ademais, torna o período mais propício para registro de tempo severo.
No Centro do Brasil, a segunda metade do mês de agosto integra o período que marca o auge da estação seca com precipitação escassa em estados do Centro-Oeste e do Sudeste. A cidade de São Paulo, por exemplo, tem em agosto o seu mês mais seco do ano.
A umidade do ar costuma ser muito baixa e ocorrem dias de forte a intenso calor com marcas extremas na segunda metade de agosto no Centro-Oeste, Norte, interior do Nordeste e no Sudeste. Cidades do Centro-Oeste, em particular do Mato Grosso e Goiás, não raro registram dias com mais de 40ºC. O mesmo ocorre em parte do Norte, como em Tocantins, e no Nordeste.
Chuva na segunda metade de agosto
Grande parte do Brasil terá pouca chuva nesta segunda metade de agosto. Os acumulados de precipitação mais altos tendem a se concentrar no Sul do Brasil, onde em vários municípios os volumes devem ficar entre 100 mm e 150 mm nas próximas duas semanas.
Ao menos duas frentes frias devem influenciar o tempo no Sul do Brasil, trazendo chuva para os três estados da região. No Rio Grande do Sul, a chuva em alguns municípios pode ser até volumosa nas próximas duas semanas com marcas de 100 mm a 200 mm.
O grande destaque, entretanto, no período ficará por conta do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil. Isso porque se espera o retorno da chuva para muitos locais que não registram precipitação há meses, em alguns desde o começo do outono. Chover na segunda metade de agosto em vários pontos do Centro-Oeste e parte do Sudeste é relevante porque se trata do auge da estação seca.
As precipitações nas duas regiões devem se dar entre os dias 18 e 21 por conta do avanço de uma frente fria associada a um ciclone intenso a Leste do Rio da Prata. Choverá em muitas áreas do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Centro-Sul de Goiás, não se descartando que se dê precipitação isolada no Distrito Federal. Deve chover ainda em grande parte do Sudeste.
Temperatura
A maior parte do Brasil deverá ter temperatura acima da média histórica durante a segunda metade do mês de agosto. Ar extremamente quente vai trazer marcas significativamente altas no Norte, Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste nos últimos dez dias do mês com chance de recordes históricos de calor em algumas cidades.
O período entre os dias 22 e 27, sobretudo, será excepcionalmente quente no Centro do Brasil e algumas cidades do Centro-Oeste e do Sudeste podem ter marcas extremas de calor e que não são registradas sequer no verão. Algumas cidades do interior de São Paulo, por exemplo, podem ter marcas perto de 40ºC e na capital paulista podem ocorrer máximas altíssimas, talvez perto ou mesmo em nível recorde para agosto.
A influência do ar frio vai se limitar principalmente ao Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. Uma primeira massa de ar frio, que não será forte, ingressa no fim de semana de 19 e 20 de agosto, impulsionada por um ciclone intenso junto ao Prata. Uma segunda massa de ar frio, esta com potencial de ter maior intensidade, ingressaria entre os dias 24 e 26, mas seria de curta duração e voltaria a aquecer nos últimos dias do mês.
Autor: MetSul Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER
