
A chuva intensa que atinge o litoral Norte do Rio Grande do Sul nas últimas horas provocou alagamentos, bloqueios de estradas e o isolamento de diversas comunidades em Maquiné. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o município foi o mais afetado da região, acumulando 182 milímetros de precipitação até a noite desta quarta-feira, 29.
Por precaução, a prefeitura suspendeu as aulas e o transporte escolar. O prefeito Luciano Alves informou que localidades rurais estão isoladas em razão da elevação do nível da água e da interrupção de vias de acesso. De acordo com a Defesa Civil municipal, os maiores volumes de chuva ocorreram nas áreas próximas à Serra, especialmente nas linhas Encantada, Solidão, Mundo Novo e parte do Cerrito.
Entre as comunidades isoladas estão Linha Sanga-Seca, Linha Pedra de Amolar, Linha Encantada, Linha Forqueta, Linha Garapiá, Rio Ligeiro, Rio do Ouro, Linha Solidão, Linha Cachoeira e Linha Vacaria. O órgão de proteção civil orienta os moradores a evitarem deslocamentos até que o nível da água diminua e as estradas sejam liberadas. Apesar dos transtornos, não há registro de casas invadidas pela água.
A prefeitura de Três Forquilhas também suspendeu aulas. A Defesa Civil local monitora a subida dos rios e confirma que ao menos uma família foi removida de casa de forma preventiva. Ainda há bloqueios, um deles na travessia sobre o rio Depósito, que liga o município com a Rota do Sol.
Outros municípios do litoral Norte também registraram chuva volumosa. Conforme dados da MetSul Meteorologia, Três Forquilhas acumulou 157 mm, Terra de Areia 119 mm, Morrinhos do Sul 97 mm e Caraá 86 mm.
De acordo com a Defesa Civil Estadual, apenas o município de Caraá reportou transtornos causados pela chuva. Localidades ficaram parcialmente isoladas por conta de elevação do nível do rio, com apenas acesso por ponte pênsil.
A previsão indica redução gradual da instabilidade ao longo da quinta-feira, embora ainda possam ocorrer pancadas isoladas. Com o solo encharcado após a sequência de chuvas, a Defesa Civil alerta para o risco de deslizamentos de terra em áreas de encosta.
Segundo a MetSul, o volume excepcional de chuva na encosta da Serra do Litoral Norte resultou da combinação de dois fatores: o avanço de um centro de baixa pressão que se deslocou do Paraguai para o Sul do Brasil e o fluxo de umidade do oceano, impulsionado por ventos de leste, que encontrou barreira no relevo da Serra.
Autor: Correio do Povo Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER



















