Clima

Temperatura da Terra bate recorde pelo segundo dia seguido

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A temperatura média do planeta bateu recorde pelo segundo dia seguido. A terça-feira anotou temperatura média na Terra de 17,18°C ou 1,64°C acima da temperatura de linha de base do IPCC de 1850-1900 para o dia. Na série histórica desde 1979 da NOAA, a agência de tempo e clima dos Estados Unidos, não há dia mais quente do que ontem na média planetária.

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Por isso, os cientistas afirmam que os dias 3 e 4 de julho podem ter sido alguns dos mais quentes da Terra em cerca de 125.000 anos, devido a uma perigosa combinação de mudanças climáticas que causaram o aumento das temperaturas globais, o retorno do El Niño e o início do verão no Hemisfério Norte, onde se concentra a maior parte da massa de terra do planeta, que aquece mais do que os oceanos.

 

Neste momento, há uma série de eventos extremos no planeta (leia mais). O Pacífico Equatorial aquece muito com um evento de El Niño que está se intensificando, mais de 50 milhões de pessoas enfrentam uma brutal onda de calor nos Estados Unidos, uma poderosa onda de calor assola a China, o gelo marinho está em níveis baixos recordes para a data na Antártida, a Antártida está com temperatura muito acima do normal em várias áreas, o Atlântico Norte está com aquecimento recorde e no Norte da África a temperatura supera 45ºC.

A temperatura média global é calculada por modelo que usa dados de estações meteorológicas, navios, boias oceânicas e satélites, e são agrupados e computados pela NOAA. Alguns meteorologistas, como o norte-americano Ryan Maue, afirmam que a base de dados não é a melhor para avaliar se a Terra está quente em níveis recordes.

 

Os registros de temperatura global baseados em instrumentos remontam a meados do século 19, mas para temperaturas anteriores os cientistas dependem de dados de proxy captados por meio de evidências deixadas em anéis de árvores e núcleos de gelo.

Na segunda-feira, a temperatura média global já havia ultrapassado, pela primeira vez, os 17°C, marcando 17,01°C, um novo indicador do impacto climático da queima de combustíveis fósseis. Com base nos dados coletados desde 1979 pela NOAA, as temperaturas dos dois dias quebraram o recorde anterior de 16,92°C, estabelecido em 24 de julho de 2022.

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O começo do mês de junho entre os anos de 1979 a 2000 marcou a temperatura média do ar da Terra em 16,2°C – um índice que costuma oscilar entre 12°C e 17°C. O observatório da Terra da União Europeia, Copernicus, confirmou em um comunicado enviado à AFP que segunda-feira foi o dia mais quente de seus registros desde 1940. Os dados de terça-feira ainda não estão disponíveis.

Devido ao verão boreal, a temperatura média global costuma subir até o final de julho e início de agosto. Em junho, as temperaturas médias globais foram as mais altas registradas pelo Copernicus. As temperaturas podem subir ainda mais e atingir novos máximos, devido ao fenômeno El Niño, no Oceano Pacífico.

 

Autor: MetSul

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