
O começo da semana promete mudanças no tempo em algumas regiões do Brasil. Isso deve acontecer com a quebra do padrão da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e com o avanço de uma frente fria na região Sul.
Mesmo com o enfraquecimento dos corredores de umidade da ZCAS, as instabilidades ainda devem acontecer sobre o centro-norte do país, como norte de Minas, Goiás e MATOPIBA.
Inclusive, sobre o corredor de grãos do MATOPIBA, as chuvas já estão acontecendo há pelo menos 5 dias, sendo muito favorável à manutenção de umidade no solo, bem como para o plantio e desenvolvimento inicial das lavouras.
Já no extremo Sul, o avanço da frente fria traz a possibilidade do registro de eventos de tempo adverso, como vendavais, queda de granizo e chuvas com valores próximos aos 100 mm ao longo do período, na fronteira sul.
Veja o mapa para hoje e a previsão para a sua região:
Região Norte: ZCAS quebra e volumes diminuem, mas ainda há risco de pancadas fortes
As chuvas sobre a região devem ser mais irregulares do que o registrado nos últimos dias, isso acontece em função da quebra do padrão da ZCAS. Contudo, ainda são esperadas chuvas localmente fortes no leste da região, como no Pará e Tocantins, onde os volumes podem superar a marca dos 40 mm de maneira isolada e pontual. Essas chuvas devem acontecer na forma de trovoadas passageiras, surgindo particularmente no período da tarde. Mesmo com a mudança no padrão, a massa de ar mais seco ainda deve permanecer sobre o norte do Amazonas e Roraima, mantendo o tempo firme na região.
Região Nordeste: Região produtora de grãos recebe precipitações há pelo menos 5 dias
Os corredores na parcela central do Brasil, ainda mantêm as condições de chuvas sobre o oeste da Bahia, sul do Piauí e sul do Maranhão. Essas instabilidades vem sendo benéficas no corredor de grãos da região, visto que elas persistem há pelo menos 5 dias. As chuvas nestes setores variam entre os 20 e 40 mm, com maiores possibilidades de ocorrerem nas imediações de Correntina (BA). Por outro lado, o predomínio será de tempo seco em setores do nordeste da região, incluindo o SEALBA, onde também são previstas as maiores temperaturas.
Região Centro-Oeste: ZCAS perde força, mas ainda pode molhar o Centro-Oeste.
Mesmo com a perda de intensidade dos corredores de umidade associados à ZCAS, as condições de chuvas ainda permanecem elevadas na metade norte da região. Áreas do estado de Goiás, como no Entorno de Brasília, devem registrar fortes temporais no período da tarde, assim como algumas áreas do nordeste de Mato Grosso. As projeções indicam chuvas variando entre os 20 e 40 mm, sendo mais prováveis no leste Goiano e Distrito Federal. Já em setores de Pontes e Lacerda (MT), Poconé (MT), Corumbá (MS) e Aquidauana (MS) – sudoeste da região – devem registrar um dia de predomínio de sol, calor e poucas chances para chuvas.
Região Sudeste: ZCAS desconfigurada, mas ainda pode trazer precipitações
Mesmo com a desconfiguração da ZCAS, as chuvas ainda devem acontecer de forma concentrada em áreas da metade norte da região, ainda com previsão de acumulados expressivos, na ordem dos 50 mm em algumas áreas do noroeste de Minas, como nas imediações de Arinos e Canabrava. Nas demais regiões do Sudeste, as chuvas são muito prováveis, contudo, devem acontecer de maneira isolada e irregular. As projeções indicam volumes inferiores aos 10 mm no Triângulo Mineiro, São Paulo e Rio de Janeiro. Pontualmente esses valores podem ser superados, mas com ressalva para a irregularidade.
Região Sul: Frente fria muda o tempo no Sul do Brasil
O avanço de uma nova frente fria promete mudanças na região, com potencial para eventos de tempo severo em algumas áreas da fronteira sul. Essa frente fria está em formação desde a noite anterior, formando as chuvas intensas ainda na madrugada, até o início da tarde, as chuvas avançam sobre Santa Catarina, também com potencial para tempestades localmente fortes no final da tarde. Ao passo que as chuvas avançam, uma massa de ar quente se concentra sobre Santa Catarina e Paraná, promovendo temperaturas acima dos 35°C. Já sobre o Paraná, as chuvas devem surgir como uma resposta do maior aquecimento, acontecendo na forma de pancadas isoladas. Em termos de volumes, os maiores registros devem acontecer no sudoeste gaúcho, como em Uruguaiana e imediações, com valores que podem se aproximar dos 100 mm, acontecendo ainda na primeira metade do dia.
A análise é do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.
Autor: Agrolink
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