Os meteorologistas da MetSul advertem que as próximas duas madrugadas vão ser muito quentes no Rio Grande do Sul a ponto de algumas cidades terem temperatura perto e acima de 30ºC no meio da noite, o que traz riscos para a saúde e dificulta o sono.
METSUL/ARQUIVO
À medida que a onda de calor atinge o seu pico de intensidade e a massa de ar quente se reforça com a aproximação de uma frente fria que vai chegar entre quarta-feira e a quinta, as mínimas que vinham agradáveis em diversas cidades se elevam muito.
Grande parte do Rio Grande do Sul deve ter mínimas entre 22ºC e 25ºC, portanto acima da média nesta terça, mas na Metade Oeste a madrugada será muito quente com marcas de 27ºC a 28ºC no meio da noite.
Na madrugada de quarta, ou seja, na noite de terça para quarta, alguns pontos do Oeste gaúcho podem registrar temperatura ao redor e mesmo acima de 30ºC em pleno período da madrugada.
Como haverá pancadas de chuva e temporais isolados em diversas regiões na segunda metade da terça, a instabilidade deve contribuir para diminuir a temperatura em várias cidades antes da madrugada da quarta, mas, por outro lado, a umidade aumenta muito e a sensação de abafamento será enorme em várias cidades nas primeiras horas da quarta-feira.
Os especialistas que estudam os efeitos das ondas de calor na saúde das pessoas sempre advertem do perigo de noites muito quentes, caracterizadas por temperaturas mínimas elevadas durante ondas de calor, pois representam um risco significativo à saúde pública.
A ausência de um resfriamento noturno adequado impede a recuperação térmica do organismo humano, sobrecarregando os mecanismos termorregulatórios e aumentando o risco de hipertermia, estresse térmico e desidratação.
Projeção de temperatura do modelo Icon para 3h da manhã de terça | METSUL
Projeção de temperatura do modelo Icon para 3h da manhã de quarta | METSUL
A manutenção de temperaturas mínimas elevadas reduz a eficiência da dissipação de calor corporal, especialmente por meio da sudorese e da vasodilatação periférica, podendo resultar em exaustão pelo calor, risco maior em idosos e indivíduos com comorbidades cardiovasculares e respiratórias.
Noite muito quentes agravam o efeito de ilha de calor urbana, uma vez que o calor acumulado durante o dia não é suficientemente dissipado, prolongando a exposição térmica em áreas densamente urbanizadas, como é o caso de Porto Alegre.
Isso aumenta a demanda por sistemas de refrigeração artificial, aumentando o consumo de luz e agravando o risco de situações de sobrecarga na rede, o que pode causar cortes de energia. Sem energia e ar-condicionado, com o calor intenso, aumenta o perigo para pessoas vulneráveis.
Autor: MetSul
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