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PF prende Mauro Cid e faz buscas na casa de Bolsonaro

A PF (Polícia Federal) prendeu na manhã desta 4ª feira (3.mai.2023) o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, em operação que investiga a inserção de dados falsos nos cartões de vacinação contra a covid-19. 

Os agentes também realizaram buscas e apreensões na casa de Bolsonaro no Jardim Botânico, em Brasília. O ex-presidente estava na residência no momento das buscas dos agentes. Ele deve depor ainda nesta 4ª feira (3.mai) à PF.

Em nota (íntegra – 174 KB), a corporação informou que as alterações nos cartões se deram de novembro de 2021 a dezembro de 2022 e tiveram como consequência a “alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”.

O Poder360 apurou que a PF também prendeu parte dos seguranças e assessores pessoais de Bolsonaro. Eles foram indiciados pelos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Ao todo, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva no Rio de Janeiro e na capital federal. 

A operação Venire foi deflagrada no inquérito das milícias digitais que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

O Poder360 procurou os advogados de defesa de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, e de Mauro Cid, Rodrigo Roca, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

MILÍCIAS DIGITAIS

A investigação foi iniciada em abril de 2020 para identificar supostos deputados responsáveis por financiar protestos que pediam o fechamento do Congresso e do STF.

Em junho de 2021, a PGR (Procuradoria Geral da República) pediu o arquivamento do caso. Informou não ter indícios de envolvimento de congressistas.

Moraes atendeu o pedido, mas abriu um novo inquérito. O caso foi aberto em julho de 2021 por decisão de Alexandre de Moraes para apurar a suposta existência de uma milícia digital criada para atacar instituições democráticas.

Em maio de 2022, Moraes decidiu unir o inquérito das milícias digitais e a investigação sobre declarações feitas por Bolsonaro a respeito da segurança das urnas eletrônicas.

O ministro prorrogou o inquérito das milícias digitais por 6 vezes, a última em 27 de fevereiro de 2023. A decisão estendeu por mais 90 dias as investigações do caso, com prazo até 28 de maio. Eis a íntegra do despacho de prorrogação (121 KB).

Autor: Poder 360

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