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Petrobras aumenta querosene de aviação em 5,3% em outubro, mas queda é de 12,6% no ano

O preço do querosene é reajustado mensalmente, ao contrário de outros combustíveis da empresa.

 

Com a alta de 5,3% do querosene de aviação (QAV) desde 1º de outubro, o valor do litro do combustível será acrescido de R$ 0,22, informou nessa terça-feira (3), a Petrobras. Ao longo de 2023, porém, o QAV acumula queda de 12,6%, correspondendo a uma redução média de R$ 0,64/litro em relação ao preço de dezembro de 2022, ainda segundo a estatal.

O querosene de aviação é reajustado mensalmente, ao contrário de outros combustíveis da empresa que não possuem contratos. Os preços da gasolina e do diesel não são reajustados há 50 dias.

Desde o início de setembro, o petróleo vem sendo negociado acima dos US$ 90 o barril. Nessa terça, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse que a estatal está analisando a necessidade de realizar um reajuste de preços ainda este ano e afirmou que o mercado de petróleo vive hoje uma “tempestade perfeita” depois que a Rússia parou algumas refinarias e o diesel russo deixou de ser uma opção. Segundo ele, passado o inverno no hemisfério Norte, talvez seja possível que os preços retornem a níveis menores.

“Já fizemos um ajuste (em maio) e estamos agora alisando a possibilidade ou não de outro reajuste até o final do ano. O que temos de concreto é que a nossa política de preços está funcionando”, afirmou.

A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que, por sua vez, transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores.

Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.

“Importante ressaltar que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”, disse a companhia em nota.

Passagens

O comentarista de energia da CNN Brasil, Adriano Pires, diz que o aumento no combustível já era esperado para reduzir a defasagem no preço do petróleo e no câmbio.

“O aumento já era esperado, assim como estamos esperando aumento no diesel porque o petróleo está caro, e o câmbio passou de R$ 5. Então para reduzir defasagem, o preço precisa ser elevado”, explica.

Para Pires, é muito provável que o aumento no QAV reflita em um aumento na tarifa das passagens aéreas, uma vez que a alta no combustível resulta em encarecimento de custos operacionais das companhias aéreas.

“É bem provável que isso tenha reflexo na tarifa, porque o QAV é o principal custo para as companhias aéreas. Elas vão alegar que têm que repassar parte ou a totalidade desse custo ao consumidor”, avalia.

No entanto, Pires pondera que esse tipo de decisão é tomada pelas companhias aéreas.

(Foto: Divulgação/Petrobras)

Autor: O Sul

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