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Onda de tempestades: saiba quais regiões devem ser mais atingidas

Machadinho
Scattered Clouds
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29º – 24º
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Max. de Almeida
Scattered Clouds
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29º – 24º
57%
2.2 km/h
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qui
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Uma grande reviravolta do tempo marcará este começo de semana no Sul do Brasil com uma onda de tempestades decorrente do avanço de uma linha de instabilidade pré-frontal e o deslocamento de uma frente fria dentro de um ambiente extremamente instável de formação de um ciclone na costa do Uruguai e que depois será um ciclone bomba no meio do Atlântico.

Assim como a MetSul Meteorologia vem destacando reiteradamente, existe um elevado risco de tempestades localmente fortes a severas com chuva torrencial de curta duração com altos volumes, muitos raios, queda de granizo de variado tamanho (até médio a grande) e ainda de vendavais.

Não pode ser descartada a formação de algumas supercélulas de tempestade durante o período de instabilidade mais intensa previsto, o que poderá gerar temporais isolados muito severos com vento destrutivo acima de 100 km/h e mais isoladamente acima de 120 km/h.

Os primeiros temporais isolados podem começar a ocorrer a partir do fim da manhã e o começo da tarde, mas a instabilidade deve ser maior do meio ou final da tarde para a noite deste domingo e ainda na madrugada da segunda-feira, entretanto o período que consideramos de maior perigo para tempo severo será a noite do domingo e a madrugada da segunda-feira, quando devem se produzir as tempestades mais fortes com o avanço de uma poderosa linha de instabilidade.

Em Porto Alegre e região metropolitana, a instabilidade já não é descartada durante a tarde deste domingo, contudo para a MetSul o período de maior risco na capital e Grande Porto Alegre será no final do domingo e começo da madrugada de segunda, em particular entre 21h de domingo e 0h de segunda.

Sob o cenário que se apresenta em todos os dados analisados por nossa equipe, diante do risco de tempo severo muito alto, os temporais entre este domingo e o começo da segunda podem causar alagamentos, destelhamentos, quedas de árvores e de postes, e ainda colapso de estruturas. A rede elétrica pode ser bastante impactada com número elevado de pessoas sem luz.

A chuva em diferentes cidades poderá ter acumulados muito altos em curto período com marcas de 30 mm a 50 mm em apenas uma hora ou duas em várias cidades pelos temporais, mas a soma da chuva de toda a passagem da linha de instabilidade e da frente fria poderá acumular de 50 mm a 100 mm com marcas mais isoladas perto e acima de 100 mm.

É o que se vê abaixo nas projeções de chuva dos nossos modelos de alta resolução WRF inicializados com os modelos GFS e Europeu com a precipitação acumulada no intervalo de 72 horas até às 9h de terça-feira. O modelo pode ser consultado a qualquer hora pelo nosso assinante (assine aqui) em nossa seção de mapas.

METSUL

METSUL

É chuva que pode provocar alagamentos durante os temporais em diferentes locais, especialmente em áreas urbanas em que o sistema de macrodrenagem é incapaz de dar conta de volumes de água muito altos em curto período.

É importante tranquilizar diante de tudo que ocorreu neste ano no Rio Grande do Sul que não será chuva capaz de gerar grande cheias de rios com enchentes, até porque será um episódio rápido, porém intenso de instabilidade.

Muitos leitores em nossas redes sociais questionam quais regiões podem ser as mais afetadas pelos temporais durante esta onda de instabilidade intensa prevista para o começo da semana. Então, quais são?

Em nossa análise, todas as regiões do Rio Grande do Sul têm risco de temporais neste começo de semana, sendo a maior parte das ocorrências no domingo. Na Metade Norte gaúcha, a instabilidade maior deve se dar no final do domingo e no começo da segunda.

O fato de todas as regiões do Rio Grande do Sul apresentarem o risco de temporais com chuva forte, raios, vento e granizo não significa que haverá temporais em todos os quase 500 municípios do estado, embora sejam prováveis as tempestades em um alto número de cidades.

Os mapas abaixo mostram as projeções de vento máximo de acordo com os modelos WRF da MetSul em que se observa que muitas áreas do estado devem ter vento forte a muito forte (em laranja e vermelho) e alguns pontos mais localizados podem ter vento muito intenso (acima de 100 km/h).

METSUL

METSUL

Ou seja, assim como mostrado pelo mapa, não há como particularizar uma região ou outra que tem maior potencial de temporais. Todas as regiões estão sob risco ao menos de tempestades localizadas que podem ser em alguns pontos fortes ou severas durante o período de alerta.

Por que podem ocorrer temporais em muitas cidades? Isso porque se espera o avanço de uma potente linha de instabilidade pré-frontal com múltiplas células de tempestades do Sul para o Norte do Rio Grande do Sul no final da tarde e noite do domingo, e no começo da segunda-feira mais ao Norte.

METSUL

As características principais de um QLCS incluem ventos intensos, chuvas torrenciais e, ocasionalmente, tornados de curta duração, o que é um risco com uma corrente de jato em baixos níveis intensa sobre o Rio Grande do Sul.

Um dos maiores perigos associados a esses sistemas é a ocorrência de correntes descendentes violentas de vento, conhecidas como downbursts ou microexplosões atmosféricas, que podem causar danos significativos em áreas localizadas com ventos tão intensos e destrutivos quanto o de um tornado.

Os temporais, com o deslocamento para Norte da linha de instabilidade pré-frontal com múltiplas células de tempestades, deverão afetar ainda o estado de Santa Catarina quase no final do domingo e na madrugada da segunda-feira. Alguns temporais devem ser fortes a severos no estado catarinense. No Paraná, embora a instabilidade chegue com menor intensidade, também podem ocorrer temporais isolados.

Autor: MetSul

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