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O que esperar do clima na segunda metade de agosto

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Max. de Almeida
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Agosto repete até agora o padrão observado mais ao Sul do Brasil nos primeiros dois meses do inverno com temperatura abaixo da média e uma alta frequência de dias frios, o que faz deste inverno rigoroso em particular no Rio Grande do Sul. A segunda metade do mês promete mudanças com ar mais quente no Centro do Brasil e chuva com tempestades no Sul. Confira:

Na primeira metade do mês, grande parte do Centro-Sul do Brasil apresentou marcas abaixo da média nos termômetros, muito em consequência de uma massa de ar frio com trajetória continental que ingressou entre os dias 8 e 9.

A primeira semana do mês no Sul do Brasil chegou a ter temperaturas em vários pontos acima da média enquanto no Centro do país o ar seco favorecia madrugadas frias com mínimas negativas, sobretudo em Minas Gerais.

A massa de ar frio forte do último fim de semana chegou a provocar neve no dia 9 em locais de maior altitude do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. São José dos Ausentes teve neve com acumulação e pela segunda vez neste ano, o que não é comum.

Na primeira quinzena, a chuva ficou perto e abaixo da média na maioria das áreas do Centro-Sul do Brasil, exceção de parte do Rio Grande do Sul, de pontos do Oeste de Santa Catarina e áreas isoladas do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso.

Um episódio de chuva volumosa entre os dias 2 e 4 de agosto atingiu algumas regiões do Rio Grande do Sul e chegou a provocar acumulados de até 100 mm em pontos da Grande Porto Alegre.

Mapas de anomalias de temperatura mínima, temperatura máxima e chuva observadas na primeira metade de agosto de 2025 | CPTEC

Em Porto Alegre, a temperatura mínima média do mês de agosto é de 11,6ºC, acima das de junho (11,3ºC) e julho (10,4ºC). A média máxima mensal é de 21,8ºC, superior às médias de junho (20,3ºC) e de julho (19,7ºC). A precipitação média mensal é de 120,1 mm, a menor entre os meses da estação, uma vez que junho tem média de chuva no mês de 130,4 mm e julho 163,5 mm.

Na cidade de São Paulo, a mínima média do mês é de 13,3ºC, superior à de julho (12,8ºC), mas inferior à de junho (13,5ºC). Já a média das máximas em agosto na capital paulista é de 24,5ºC, a mais alta dos meses do inverno, superior às de junho e julho, ambos com 22,9ºC. Por sua vez, a precipitação média mensal de agosto na capital paulista é de apenas 32,3 mm, a menor entre todos os meses do ano por ser o pico da estação seca.

O mês no passado já teve grandes enchentes, como as que castigaram a Metade Norte do Rio Grande do Sul em 1965. E grandes nevadas, como a enorme de 1965 no Sul do Brasil, a de 1984 que trouxe neve até em Porto Alegre, e a mais recente de 2013, a maior neste século até agora no Sul do Brasil.

No Brasil Central, historicamente, agosto é o pico da estação seca e é marcado como um mês de muito baixa umidade do ar com escassa precipitação e tardes não raro excessivamente quente em estados principalmente do Centro-Oeste com máximas acima de 40ºC, sobretudo no Mato Grosso.

Chuva na segunda quinzena de agosto

A MetSul Meteorologia projeta que a segunda metade do mês deve seguir com padrão de chuva perto ou abaixo da média na maior parte do Centro-Oeste, exceção de pontos do Mato Grosso do Sul, e na esmagadora maioria das localidades do Sudeste do Brasil. É o auge da estação seca nas duas regiões do Brasil.

No Sul do Brasil, ao contrário, espera-se um aumento da chuva, em particular entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Paraná, pela proximidade com as localidades da estação seca, chove muito menos que mais ao Sul.

Os mapas abaixo mostram a tendência de chuva para 15 dias com base na rodada de hoje do modelo determinístico do Centro Meteorológico Europeu, disponível para o nosso assinante na seção de mapas (assine aqui).

METSUL

Os acumulados de chuva nesta segunda metade de agosto podem ser elevados mais no Rio Grande do Sul com os dados de hoje indicando os mais altos volumes para a Metade Norte gaúcha, onde em várias cidades poderia chover de 100 mm a 200 mm nos próximos 15 dias com acumulados localmente superiores.

Um sistema de interesse nesta segunda metade do mês será uma baixa pressão que vai se formar na Argentina no dia 19 e dará origem a uma frente fria que vai avançar com uma linha de tempestades ao redor do dia 20 pelas latitudes médias da América do Sul, incluindo o Sul do Brasil.

Na sequência, existe a possibilidade de um segundo episódio de instabilidade com risco de chuva forte em parte do Sul do Brasil, que seria determinante para que parte da região tenha uma segunda metade de agosto com chuva acima da média.

E a temperatura?

A perspectiva para a segunda metade do mês é de temperatura acima da média na maior parte do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil, mas o ar seco ainda traz noites muito frias em baixadas de regiões serranas, como no Sul de Minas Gerais. No Centro-Oeste, em especial no Mato Grosso, serão muitos dias com máximas ao redor e até acima de 40ºC.

Os mapas a seguir mostram a tendência de temperatura para as próximas duas semanas (18 a 25 de agosto e 25 de agosto a 1º de setembro) em que se constata a tendência de marcas acima da média na primeira semana e mais baixas no Sul na segunda semana.

ECMWF

ECMWF

Precedendo o sistema de instabilidade do dia 20, pode ocorrer incursão de ar quente no Sul do Brasil, o que elevaria a temperatura em parte da região e colaboraria para a ocorrência de temporais.

Após o segundo episódio de instabilidade, no começo da última semana de agosto, há dados indicando o ingresso de uma massa de ar frio no Sul do Brasil com queda da temperatura. Mas, no geral, como indicávamos desde julho, a segunda metade de agosto não será tão fria quanto a primeira.

Autor: MetSul

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