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Médicos do IPE Saúde decidem, por unanimidade, manter paralisação

Entidades vão estimular profissionais a optarem pelo licenciamento ou descredenciamento

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na noite desta terça, pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), profissionais credenciados ao IPE Saúde decidiram, por unanimidade, manter a paralisação iniciada em 10 de abril. A categoria pressiona o governo estadual a reajustar os honorários médicos e hospitalares, congelados desde 2011. A paralisação impactou nos atendimentos pelo convênio, que até o momento tiveram redução de 10 a 15%, de acordo com a assessoria do plano de saúde. O protesto não atinge atendimentos de urgência e emergência.

“Os médicos deliberaram em manter o movimento, enquanto nada é feito de concreto para garantir a recomposição”, destacou o presidente do Simers, Marcos Rovinski.

Além do Simers, o Conselho Regional de Medicina (Cremers) e a Associação Médica do RS (Amrigs) vão passar a estimular os profissionais a optarem pelo licenciamento temporário ou pelo descredenciamento do plano de saúde, que atende a cerca de 1 milhão de gaúchos, a maioria servidores do Poder Executivo estadual.

“Existe um projeto que tramita no Parlamento gaúcho e que não apresenta nada referente à real necessidade da categoria”, enfatiza Rovinski. O dirigente se refere ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 259/2023, enviado na semana passada pelo governo à Assembleia Legislativa, visando a reestruturação do IPE-Saúde. De acordo com o presidente do Simers, o governo alterou a proposta original e não há “clareza” sobre o que vai ser destinado aos médicos, diante de uma expectativa de arrecadação adicional de R$ 700 milhões.

Rovinski salienta que o valor previsto para a remuneração pode ser ainda menor que os cerca de R$ 140 milhões anunciados inicialmente – quando o governo previa arrecadar R$ 900 milhões a mais -, o que já era considerado aquém da necessidade.

Entre as reivindicações do Sindicato, o reajuste não linear na tabela do IPE-Saúde, ou seja, um percentual maior nos códigos mais defasados, a possibilidade de o usuário escolher o médico, independentemente de ele ser credenciado ou não, o aumento da coparticipação nas consultas e a cobrança da modalidade nos procedimentos hospitalares.

Autor: Rádio Guaíba

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