Mais da metade (55%) dos brasileiros das classes A, B e C disseram não ter nenhum tipo de planejamento financeiro para o futuro. O dado é da pesquisa “A relação dos brasileiros com dinheiro” feita pela Nexus. Outros 45% responderam que fazem algum tipo de planejamento. A pesquisa da mostrou que, quanto mais jovem, maior a preocupação com as finanças do futuro: entre quem tem de 16 a 24 anos, 72% responderam que têm planejamento financeiro, contra 28% que responderam que não. O percentual vai caindo até atingir 23% dos brasileiros com mais de 60 anos que não têm nenhum tipo de planejamento para o dinheiro no futuro. Entre brasileiros da classe A, a organização financeira é realidade para 86%.
Entre quem respondeu que faz algum tipo de planejamento financeiro, 48% disseram que esse planejamento é formal, em planilhas e aplicativos, e 52% disseram ser informal, apenas na cabeça. Nos moradores do Sul, chega a 79% o número de pessoas das classes ABC que formalizam o planejamento financeiro. Outros 21% planejam informalmente. No Nordeste (45%), Sudeste (43%) e no Norte/Centro Oeste (40%), o percentual de quem planeja com planilhas e aplicativos é menor do que quem faz a organização apenas na cabeça e fica abaixo da média nacional.
GERENTE DE BANCO
Os 45% dos brasileiros das classes A, B e C que fazem algum tipo de planejamento financeiro escolhem, em sua maioria, fazer sozinhos seus investimentos, resposta de 63% dos entrevistados deste grupo. Outros 20% consultam amigos, familiares ou pessoas próximas que entendem do assunto, apenas 13% consultam gerentes de banco e 4% têm consultor financeiro. A classe B é a que mais procura o gerente do banco na hora de fazer um investimento, resposta de 31%. Já recorrer a um consultor financeiro é realidade para 10% dos brasileiros da classe A e consultar amigos e familiares que entendem do assunto foi a resposta de 33%. Os dois percentuais são os mais altos entre todas as segmentações nos dois tipos de auxílio.
Metade (50%) dos entrevistados disse ainda nunca (24%) ou raramente (26%) conseguir guardar dinheiro de forma regular. Outros 16% responderam às vezes, 19% conseguem guardar dinheiro de forma regular na maioria dos meses e 15%, em todos os meses.
Guardar dinheiro é ainda mais difícil entre os brasileiros dessas classes que estudaram apenas até o ensino fundamental: 70% disseram que nunca (32%) ou raramente (38%) conseguem economizar no fim do mês. Entre os brasileiros da classe A, 82% disseram que guardam dinheiro na maioria (57%) ou em todos (25%) os meses. Entre os jovens de 16 a 24 anos, o índice também é alto, são 44% os que economizam na maioria dos meses e 17% os que conseguem fazer isso todos os meses, somando 61%.
“Quem têm menos estudo, costuma ocupar cargos que ganham menos, daí o alto índice desses brasileiros nas classes A, B ou C com muita dificuldade em poupar. Já entre os mais jovens, que usualmente ainda possuem algum tipo de auxílio financeiro da família, mais da metade consegue economizar, pelo menos, na maioria dos meses”, destaca o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.
Quase metade (45%) dos brasileiros das classes ABC monitora seus investimentos mensalmente. Outros 19% fazem raramente, 9% nunca, 7% trimestralmente, outros 7% anualmente e 4%, semestralmente. Um total de 9% não souberam ou não quiseram responder.
FONTE DE DADOS
Na hora de buscar informações sobre planejamento financeiro e investimentos, 3 de cada 10 (29%) dos entrevistados usam a internet e as redes sociais como fonte. Outros 12% recorrem a amigos e parentes, 9% procuram bancos ou corretoras, 8% especialistas financeiros, 3% livros e cursos. Também 29% disseram não buscar informações sobre o tema e 11% não souberam responder.
Entre quem tem de 25 a 40 anos, a busca por esse tipo de informação na internet chega a 41%. Já o maior percentual de brasileiros das classes A, B e C que não buscam nenhum tipo de informação está nos mais velhos (51%), com 60 anos ou mais, e nos moradores do Sul (46%).
Autor: Rádio Guaíba
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