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Imagens de satélite em alta resolução mostram a tragédia gaúcha

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Imagens de satélite mostram a enorme dimensão das enchentes no Rio Grande do Sul, causadas por evento de chuva extrema que atingiu o estado no começo desta semana. As imagens, que foram captadas e divulgadas pela empresa Planet Labs, mostram o antes e depois das enchentes nas bacias dos rios Jacuí e Taquari.

O balanço atualizado deste sábado da Defesa Civil do Rio Grande do Sul indicou um aumento no número de mortos pela chuva do começo desta semana no estado. São agora 42 mortos. A contabilidade oficial somou mais uma vítima fatal no município de Muçum, o que tem o maior número de mortos. Há 46 desaparecidos.

As vítimas fatais são de Cruzeiro do Sul (4), Encantado (1), Estrela (2), Ibiraiaras (2), Imigrante (1), Lajeado (3), Mato Castelhano (1), Muçum (16), Passo Fundo (1), Roca Sales (10) e Santa Tereza (1). Há 25 desaparecidos, sendo 8 em Arroio do Meio, 8 em Lajeado e 9 em Muçum.  O número de desaparecidos permanece em 46.

O balanço da Defesa Civil apontou ainda 3.130 pessoas resgatadas, 88 municípios afetados, 3.193 desabrigados, 8.282 desalojados e 150.341 afetados. A contabilidade oficial aponta ainda 224 feridos em razão do desastre natural.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) contabiliza mais de R$ 1,3 bilhão em prejuízos econômicos e financeiros aos municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes dessa semana.

A primeira comparação mostra uma composição de imagens de satélite dos dias 17 de agosto (esquerda) e 9 de setembro (direita) perto de Taquari e Roca Sales, na bacia do Rio Taquari, uma das áreas mais afetadas pelas enchentes.

PLANET LABS PBC/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Já a segunda comparação mostra a área do município de Charqueadas no dia 26 de agosto, sem inundação (esquerda) e no dia 8 de setembro com inundações causadas pela cheia do Rio Jacuí. A área de Charqueadas está na região de confluência dos rios Taquari e Jacuí, a Oeste da Grande Porto Alegre.

PLANET LABS PBC/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Na terceira composição se observa o Rio Taquari, entre os morros do Vale do Taquari, antes e depois das enchentes. Na imagem divulgada pela Planet Labs, que não foi feita no ápice da cheia que tinha céu encoberto na terça (5), se nota como o rio Taquari ainda estava cheio.

A cheia do Rio Taquari foi de proporções históricas e atingiu níveis que somente foram vistos uma vez desde o começo das medições no século 19, portanto em 150 anos de leituras do rio. O nível medido em Estrela e informado pela Prefeitura da cidade chegou a 29,62 metros. A cota medida é a segunda maior já aferida na cidade. O nível de 29,62 metros se aproximou do recorde oficial de 29,92 metros, da grande enchente no Rio Grande do Sul de maio de 1941.

A chuva extrema que atingiu o estado inicialmente foi consequência de ar quente e úmido sobre o Rio Grande do Sul. Ganhou muita força com uma área de baixa pressão que estava sobre o estado e na sequência pelo deslocamento de uma frente fria. Nenhum ciclone estava sobre o Rio Grande do Sul no momento em que ocorreram as precipitações extremas, ao contrário do noticiário prevalente na mídia.

 

Autor: MetSul

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