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Grenal 86: A Memória do Clássico de 1945

Foto de Destaque News Destaque News1 dia atrásÚltima Atualização 23 de fevereiro de 2025

O Grenal 86 completa 80 anos neste domingo (23)

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Redação Rádio Grenal

| 23 de fevereiro de 2025

Na sexta-feira, 23 de fevereiro de 1945, o Estádio da Montanha foi palco de mais um histórico capítulo do clássico Grenal. Em uma partida amistosa, Grêmio e Internacional empataram em 1 a 1, em um confronto que ficou marcado por uma série de fatores emblemáticos. Naquele momento, o Inter impressionava o país com seu futebol avassalador, o temido “Rolo Compressor”, considerado o primeiro time dominante do estado. Por outro lado, o Grêmio vinha enfrentando dificuldades para superar seu maior rival, tendo vencido apenas um clássico dos últimos dez disputados.

Escalações

O Grêmio, que jogava em casa, apresentou sua equipe com Júlio Petersen no gol, Danton, Hugo, Niedesberg e Touguinha na defesa, Sanguinetti, Bentevi e Bombachudo no meio de campo, com Ramón Castro, Silva e Sadi no ataque. O time comandado por Telêmaco Frazão de Lima, técnico com um aproveitamento de 38,56% em 51 clássicos, entrou em campo com o objetivo de surpreender o poderoso Internacional.

Já o Inter, sob o comando de Hermínio de Britto, que acumulava 4 vitórias e 1 empate em 5 Grenais, teve Ivo no gol, Alfeu, Nena, Viana e Ávila na defesa, Abigail, Xinxim e Adãozinho no meio de campo, e Volpi, Ruy Motorzinho e Carlitos no ataque. O time colorado, conhecido por sua força, tinha tudo para dominar o jogo.

O Jogo

A partida teve início sob um grande clima de expectativa, e logo aos 8 minutos do primeiro tempo, o Grêmio surpreendeu a todos ao abrir o placar. Bombachudo, herói momentâneo, fez a torcida gremista acreditar em uma vitória contra o temido “Rolo Compressor”. A estratégia de Telêmaco, que havia substituído Silva por Nadyr, parecia estar funcionando.

Mas o Internacional não se intimidou e, com as trocas feitas por Hermínio de Britto — que colocou Rebolo e Dorvalino nos lugares de Volpi e Ruy Motorzinho —, o time colorado cresceu em campo. Aos 37 minutos do segundo tempo, Adãozinho, com muita habilidade, marcou o gol de empate, levando o jogo a um final dramático.

Com o empate selado, o árbitro Alfredo Cesaro apitou o fim da partida. O 1 a 1 representou não apenas o equilíbrio da partida, mas também foi um marco para o Grêmio, que estava em uma fase difícil nos clássicos, mas conseguiu, ao menos naquele dia, interromper o domínio do Inter.

O Impacto do Jogo

Para o Grêmio, o empate foi uma grande conquista emocional. O time, que estava longe de ser favorito, soube se impor diante do poderoso Internacional, interrompendo o que parecia ser uma era de vitórias incontestáveis dos colorados. Já para o Internacional, o empate foi um tropeço raro, e a sensação de que o Grêmio havia conseguido, de alguma forma, colocar uma pedra no caminho do “Rolo Compressor” ficou registrada na história.

Aquele clássico de 1945, com sua dose de tensão e emoção, representou muito mais do que apenas um empate. Foi o clássico 86 da história do Grenal, e seu legado segue vivo até hoje, especialmente por ser lembrado como um momento em que o Grêmio, com coragem e determinação, desafiou o poderio do Internacional.

Com a Dupla tendo realizado apenas o primeiro jogo das semifinais do Campeonato Gaúcho de 2025, ainda resta o jogo de volta para confirmar os finalistas. Caso se enfrentem na final, a memória deste histórico empate de 1945 reforça a eterna rivalidade e a imprevisibilidade que caracterizam o maior clássico do futebol gaúcho.

Grenal 86: Uma lembrança que nunca será esquecida.

* Por supervisão de: Marjana Vargas