Governo brasileiro condena ameaças de uso de forças militares e mais sanções dos EUA

O Itamaraty, por meio do Ministério das Relações Exteriores, emitiu uma nota na noite desta terça-feira, 9, em defesa da democracia brasileira após os Estados Unidos declarar que poderia usar seu “poder militar” para retaliar o Brasil por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu ao lado de sete aliados por trama golpista.
Mais cedo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Donald Trump não teme em usar “meios militares” em defesa da liberdade de expressão no mundo, em referência a eventual condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O governo brasileiro condenou o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra democracia do país. “O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania”, diz trecho do posicionamento do Itamaraty.
“O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais”, finaliza a nota.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, já havia criticado a manifestação norte-americana. “Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Isso é totalmente inadmissível”, diz trecho de publicação nas redes sociais da ministra.
Os primeiros votos do julgamento que envolve Bolsonaro foram dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que foram favoráveis a condenação dos acusados que pertencem a “núcleo crucial” do processo, que tem 34 denunciados. Ainda faltam os votos dos ministros Luiz Fux, Cármem Lúcia e Cristiano Zanin.
Autor: Correio do Povo Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER