Rural

Gado brasileiro morre pelas baixas temperaturas

Quase 3.000 cabeças de gado morreram de hipotermia no estado do Mato Grosso do Sul, no Brasil, nos últimos dias, de acordo com um comunicado publicado no site dos serviços veterinários locais na quarta-feira. Os animais mortos representam uma pequena fração do rebanho bovino brasileiro de cerca de 224 milhões de cabeças e suas mortes e dificilmente comprometerão a produção de carne bovina em frigoríficos como a JBS (JBSS3.SA), que operam no estado. Mas eles chamaram a atenção por serem incomuns. As temperaturas nas áreas mais afetadas variaram de 6 a 9 graus Celsius (43 a 48 graus Fahrenheit), de acordo com a imprensa local.

Alcides Torres, proprietário da consultoria de agronegócio Scot Consultoria, disse que as raças de gado locais aguentam as baixas temperaturas do inverno do país, que começou hoje. “O Brasil exporta gado vivo para abate na Turquia sob a neve”, disse Torres. “Foi o frio, mas havia algo mais.”

Os serviços veterinários do Mato Grosso do Sul não responderam aos pedidos de comentários além de uma declaração na qual atualizou a contagem de 2.725 mortes de vacas relacionadas ao resfriado.

A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal cai abaixo do normal e pode ser classificada em bovinos como leve, moderada e grave, disse o comunicado. O estado nutricional do animal, a baixa disponibilidade e qualidade das pastagens, bem como a ausência de abrigos para proteger os animais contra mudanças climáticas repentinas, chuvas e ventos, podem contribuir para casos de mortalidade por hipotermia, disseram as autoridades. “Episódios anteriores de mortalidade devido às condições climáticas no estado já foram descritos como propensos a ocorrer de forma cíclica”, observou o comunicado.

No Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina, o gado pasta principalmente livremente. Durante o inverno, o clima seco e a menor disponibilidade de alimentos tendem a restringir a oferta, elevando os preços do gado.

O oposto é verdadeiro no primeiro semestre do ano, quando as pastagens prosperam com chuva e sol abundantes, ajudando os animais a ganhar peso e aumentando os suprimentos disponíveis para os processadores de carne, disse Torres. “Com esse frio, com a ameaça de geada, as pessoas pensaram que haveria superoferta de gado”, disse Torres. “Não havia, o que sugere que a oferta está se ajustando à demanda.”

Fonte: Reuters com tradução Agrolink*

Autor: Agrolink
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