Ferrugem da folha do trigo: fungo exige manejo eficaz

A ferrugem da folha do trigo, provocada pelo fungo Puccinia triticina, é atualmente considerada a doença mais comum e recorrente dessa cultura no Brasil. De acordo com a engenheira agrônoma Gressa Chinelato, em artigo publicado no Blog da Aegro, o problema pode comprometer o potencial produtivo das lavouras e exige atenção redobrada dos produtores desde as fases iniciais do desenvolvimento da planta.

A infecção pode se manifestar já na formação das primeiras folhas e se estender até a maturação, afetando diretamente a eficiência fotossintética da planta. Os principais sintomas observados no campo são pústulas alaranjadas, que se formam predominantemente na parte superior das folhas. A presença dessas lesões reduz a área foliar ativa e pode provocar a queda precoce das folhas, interferindo no enchimento de grãos e, consequentemente, na produtividade final.

Para o controle da doença, Gressa destaca duas medidas essenciais de manejo. A primeira é o uso de cultivares com resistência genética ao Puccinia triticina, o que representa uma das estratégias mais sustentáveis e eficientes de prevenção. A segunda medida envolve a aplicação de fungicidas, recomendada especialmente quando se utilizam variedades mais suscetíveis à ferrugem.

A engenheira reforça que o monitoramento frequente das lavouras é fundamental para o sucesso do controle, uma vez que a ferrugem pode evoluir rapidamente sob condições favoráveis, como temperaturas amenas e alta umidade. A identificação precoce dos sintomas permite uma tomada de decisão mais eficiente quanto ao uso de defensivos.

A adoção de boas práticas agrícolas, aliada ao manejo integrado de doenças, é apontada como caminho para proteger o potencial produtivo do trigo e garantir colheitas mais seguras e rentáveis. Diante do cenário atual, a ferrugem da folha reforça a importância da atenção técnica constante e do uso consciente de tecnologias no campo.

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