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Exemplar da Constituição roubado durante atos criminosos em Brasília é recuperado

A réplica da Constituição Federal roubada durante os ataques criminosos em Brasília no último domingo foi recuperada, segundo informou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta quinta-feira (12).

De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a edição original da Carta Magna, mantida no museu da Corte, está intacta e não foi vandalizada. O museu fica localizado no subsolo da Corte e não foi atingido pelos criminosos.

“A Constituição que os terroristas roubaram no STF foi apreendida e recuperada. Viva a Constituição. Ela venceu e sempre vencerá”, escreveu Flávio Dino nas redes sociais.

O item havia sido furtado do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2022, a Constituição Federal completou 34 anos. No dia 5 de outubro de 1988, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, o presidente do STF, Rafael Mayer, e o presidente da República, José Sarney, se encontraram no Congresso para promulgar a Carta.

Ulysses Guimarães e o texto consolidado da Constituição
Ulysses Guimarães e o texto consolidado da Constituição / Célio Azevedo (abril/1988)

STF começa a reconstruir plenário e restaurar obras danificadas por criminosos

Equipes de limpeza, arquitetura, conservação e restauração começaram os trabalhos de recuperação do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte quer reconstruir o espaço para a reabertura do ano judiciário, prevista para fevereiro.

Os trabalhos começaram após a conclusão da perícia da Polícia Federal. Foi retirado o mobiliário danificado para recuperação, como cadeiras dos ministros e do plenário. Também foram recolhidos cacos de vidro e lixo originado nos atos.

As equipes realizaram ainda limpeza das pichações nas vidraças. Profissionais da área do restauro iniciaram a coleta das obras de arte danificadas.

Em paralelo, o STF realizará o levantamento do cálculo dos prejuízos, embora essa etapa do trabalho ainda não tenha previsão de conclusão.

O laudo descritivo da PF deve levar cerca de 30 dias. Peritos coletaram digitais, materiais genéticos, pegadas e outros itens que devem identificar como ocorreram os crimes contra o STF e quem os praticou. O material será, agora, cruzado com as informações dos detidos após a depredação da Corte.

O trabalho de reconstrução é tratado no âmbito do gabinete extraordinário, criado pela presidente do STF, ministra Rosa Weber.

O grupo se reunirá diariamente até a reabertura dos trabalhos, em fevereiro, e será composto por representantes de diversas áreas do Tribunal, bem como de órgãos públicos e de instituições civis com expertise, sob a coordenação conjunta da chefe de gabinete da Presidência, do diretor-geral da Secretaria do Tribunal e do secretário-geral da Presidência.

(Publicado por Lucas Schroeder, com informações de Gabriela Coelho e Rafaela Lara)

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