
O jovem de 23 anos, preso na noite de terça-feira pelo assassinato de Milton Prestes da Silva, de 55 anos, confessou à polícia que matou, esquartejou e queimou o corpo do padrasto porque, supostamente, a mãe sofria violência doméstica. A informação foi confirmada pelo delegado Antônio Ractz, responsável pelo caso, descoberto na manhã de terça-feira em balneário Quintão, no município de Palmares do Sul.
A captura do sujeito ocorreu na noite de terça-feira, aproximadamente 10 horas após o encontro do cadáver. O Serviço de Inteligência da Brigada Militar comandou a ação. A mulher da vítima, que fugiu antes da descoberta do crime, segue sendo procurada.
De acordo com a versão do suspeito, o crime ocorreu entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta, na casa onde o padrasto e a mulher moravam e mantinham uma conveniência, na rua Visconde de São Leopoldo.
O jovem afirmou que esfaqueou o padrasto, colocou o corpo no freezer e, no dia seguinte, o retirou para esquartejar e queimar os restos mortais. Ele disse ainda que pretendia enterrar o cadáver.
Embora tenha alegado um histórico de agressões contra a mãe, a polícia apurou que não há registros de violência doméstica envolvendo o casal. “É a alegação dele, mas não há boletins de ocorrência nem relatos de familiares que confirmem isso. Precisamos aprofundar a investigação”, afirmou o delegado.
Além da prisão do suspeito, a polícia também localizou o carro usado pela mulher para fugir. No porta-malas do veículo, foram encontradas ferramentas que podem ter sido utilizadas no crime, como uma serra e um serrote. A participação dela, segundo o delegado, ainda não está descartada. “Ele alega que ela estava dopada, sob efeitos de medicamentos, mas ainda estamos investigando essa situação”, destacou.
O jovem foi preso em Canela, na Serra Gaúcha, em uma região conhecida como ponto de tráfico de drogas. Segundo a polícia, ele estava escondido em uma “boca de fumo”, onde foi capturado. Agora, os investigadores buscam entender a real motivação do crime e qual foi o envolvimento da mãe no assassinato.
No final da tarde desta quarta-feira, o suspeito foi transferido da Delegacia de Polícia Balneário Pinhal, onde estava detido, para o sistema prisional.
Relembre o caso
A descoberta do corpo aconteceu na manhã de terça-feira, quando um cunhado e um amigo da vítima decidiram ir até a casa para procurá-lo. Silva não era visto desde quinta-feira e relatos de vizinhos indicavam uma grande quantidade de fumaça saindo da residência na sexta. Os homens questionaram a mulher, que demonstrou nervosismo e fugiu logo depois.
Desconfiados, eles entraram na casa e perceberam um forte odor no ambiente. Ao abrir o freezer, encontraram o corpo carbonizado e acionaram a Brigada Militar. O local foi isolado e periciado. Não havia sangue na casa, o que indica que a queima do corpo ocorreu dentro da residência.
O crime chocou a comunidade de Quintão. “Sempre quando morre um, dizem que era uma pessoa legal, mesmo quando não era. Mas esse era gente boa. Trabalhador”, relatou Cleude Albano Ávila, vizinho da vítima.
Autor: Correio do Povo Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER