Enem: 10 dicas para estudar nas férias sem abrir mão do descanso e do lazer

O recesso escolar de julho é uma pausa necessária. Um momento para descansar, recarregar as energias e reorganizar a mente. “Mas, se você está se preparando para o Enem ou algum vestibular, é essencial encontrar o equilíbrio entre o lazer e o estudo. O segredo está em conciliar o dever e o prazer”, diz Rafael Cruz, professor de História da Escola Eleva Barra (RJ). 

Mais importante do que a intensidade, é manter o ritmo com inteligência e equilíbrio. Dessa forma, será possível curtir as férias e, ao mesmo tempo, se preparar para um bom desempenho nas provas de acesso ao ensino superior. 

Veja 10 estratégias úteis: 

Estabeleça metas realistas 

• Evite planos de difícil execução ou metas inalcançáveis, como estudar por longas horas sem pausas ou tentar revisar todo o conteúdo em uma semana. “Para isso, divida o mês em semanas e defina objetivos claros e possíveis: revisar um conteúdo por dia, fazer duas redações por semana ou resolver um conjunto de questões por disciplina, por exemplo”, sugere Rafael Antunes Ferreira, coordenador editorial do COC. 

Monte um cronograma flexível 

• Planejar é importante, mas a rigidez pode ser ineficiente. “Estabeleça uma rotina leve, mas consistente”, pontua Rafael Cruz, da Eleva. Isso significa estruturar uma rotina com horários definidos para estudar, mas também reservar momentos para descansar, se divertir ou apenas pausar – sem a obrigação de ser produtivo o tempo todo.  

Foque nas matérias que exigem mais atenção 

• As férias são uma boa oportunidade de retomar conteúdos que você considera mais difíceis. “Sem a rotina escolar regular, é possível aprofundar-se em áreas que merecem reforço, com mais calma e concentração”, comenta Rafael, do COC. Para tornar o estudo mais dinâmico, vale criar mapas mentais e linhas do tempo. 

Estude em ciclos curtos e planejados 

• Técnicas de gestão de tempo, como o método Pomodoro, propõem períodos curtos de concentração total – por exemplo, 25 minutos de estudos seguidos de 5 minutos de pausa. Essa abordagem ajuda a manter o foco, evita a fadiga e torna o tempo de estudo mais eficiente. Use essa técnica também para a leitura das obras obrigatórias dos vestibulares. 

Inclua formas leves de revisão 

• Nem todo estudo precisa ser formal ou intenso. Podcasts, videoaulas, resumos ilustrados ou a leitura crítica de notícias são maneiras válidas de reforçar o conteúdo de forma mais leve – especialmente em dias de menor disposição. 

Reserve dias de descanso completo 

• Separe um ou dois dias na semana para não estudar. De forma planejada, ficar um tempo longe dos cadernos não é perda de tempo, mas sim, uma estratégia. Essas pausas completas ajudam a recuperar a energia e a clareza mental – elementos fundamentais para manter o ritmo com qualidade. 

Diversifique o ambiente de estudo 

• “Estudar em locais diferentes – como uma biblioteca, um café tranquilo ou em espaços ao ar livre – ajuda a estimular o cérebro, evita a sensação de monotonia e eleva a atenção, a partir da renovação de estímulos. A mudança de cenário pode melhorar o foco e tornar o estudo mais envolvente”, aconselha Rafael, coordenador editorial do COC. 

Faça simulados curtos e frequentes 

• Não é preciso encarar provas longas toda semana. Pequenos simulados com 10 a 20 questões de diferentes áreas já ajudam a manter o raciocínio ativo, praticar a gestão e, principalmente, permitem verificar o que você já aprendeu e identificar pontos que precisam de reforço. Vale também resolver questões de vestibulares anteriores. 

Cuide do corpo e da mente 

• Rotinas de estudos não funcionam sem cuidados com a saúde. De acordo com os especialistas, dormir bem, manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas leves (como caminhadas ou alongamentos) são hábitos que sustentam a concentração e reduzem a ansiedade. 

Avalie seu progresso regularmente 

• Ao fim de cada semana, reflita: o que funcionou bem? O que pode ser ajustado? Pequenas revisões no planejamento ajudam a manter o ritmo sem desgaste. Essa autorreflexão fortalece a autonomia e a confiança no processo.