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Em 28 cidades brasileiras o etanol está mais caro que a gasolina; maior parte se concentra no Rio Grande do Sul

Desde o fim de junho, o preço dos combustíveis caiu 30% no País. 

 

Com a mudança na regra do ICMS sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de junho, aumentou para 28 o número de cidades brasileiras com preço do etanol mais caro no posto que o do litro da gasolina. A maioria desses municípios (19) estão localizados no Rio Grande do Sul – em segundo lugar aparecem Santa Catarina, Rondônia, Ceará, Pernambuco e Pará.

Na pesquisa da semana de 12 a 19 de junho, a gasolina era mais cara em todas as 445 localidades pesquisadas. De julho para cá, no entanto, esse cenário tem mudado. No último levantamento de junho, a gasolina comum tinha um preço médio de revenda no País de R$ 7,39, e o do etanol era de R$ 4,87.

Já na semana passada, a gasolina custava, em média, R$ 5,25, e o etanol R$ 3,84. Nessa comparação, o combustível derivado do petróleo caiu quase 30% e o álcool 20%. O movimento de queda de preços, porém, não é homogêneo em todo o País.

Na cidade gaúcha de Caxias do Sul, a gasolina foi de R$ 7,12 na semana encerrada em junho para R$ 5,29 na semana passada, recuo de 25%. No mesmo período, o preço médio do litro de etanol caiu 18%, de R$ 6,76 para R$ 5,55.

A maior diferença de preço também está no Rio Grande do Sul, com o álcool R$ 0,72 mais caro (R$ 5,99, ante R$ 5,27 da gasolina) no município de Ijuí.

Queda

A Petrobras vai reduzir, a partir desta sexta-feira (2), o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras. O valor passará de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro. É uma redução de R$ 0,25 ou 7,08%. Segundo a estatal, é a maior queda desde 21 abril de 2020, quando houve corte de 8%, e quarta redução desde julho.

Assim, desde meados de julho, o preço da gasolina cobrado pela Petrobras já caiu 19%. A última vez que a Petrobras reajustou o preço da gasolina para cima foi em 19 de junho. De lá para cá, a cotação do petróleo do tipo Brent, referência no mercado internacional, recuou 18%.

A queda no preço da gasolina, portanto, acompanha a trajetória de retração no valor da commodity. E coincide com a chegada de Caio Paes de Andrade à presidência da estatal. Andrade assumiu o comando da empresa no fim de junho.

Na prática, o preço cobrado pela estatal em setembro chegará praticamente ao mesmo patamar de janeiro deste ano, quando o litro estava em R$ 3,25.

Segundo a companhia, a queda anunciada nesta quinta (1º) acompanha “a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Autor: O Sul

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