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Crônica – UMA GRANDE VIRTUDE – 04 de maio de 2023

UMA GRANDE VIRTUDE
Dentre as tantas virtudes que podem ser inatas ou desenvolvidas ao longo da vida, existe uma que identifica as melhores características que um ser humano pode possuir. E quem a exercita naturalmente, acaba sendo sempre
reconhecido, por quem com ele convive, como sendo “uma boa pessoa”.
Falo da EMPATIA.
A definição está lá, no google: “Psicologicamente, empatia é a capacidade de você sentir o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, ou seja: procurar experimentar de forma
objetiva e racional o que sente o outro, a fim de tentar compreender sentimentos e emoções.”
Ter empatia, portanto, nada mais é do que vivenciar no nosso íntimo as sensações de outrem, como se nós mesmos estivéssemos passando por aquilo. Nesse caso, ao nos depararmos com algo que ocorreu ou que esteja
acontecendo com alguém, nosso cérebro, de forma instantânea, nos impele a uma rápida reflexão, que acaba direcionando nossa opinião ou nossa decisão de forma diferente do que aconteceria na ausência desse sentimento. E é aí que a mágica acontece, pois seria insano imaginar que nossa mente viesse a “trabalhar” contra nós mesmos em situação análoga.
No entanto, embora, em maior ou menor grau, sejamos todos dotados de empatia, não são muitas as pessoas que dela se utilizam com intensidade e frequência, seja de forma espontânea ou mesmo após desenvolvê-la com algum esforço e treinamento.
Os “empáticos” costumam ser pessoas dotadas de forte sentimento de compaixão e desprendimento. São aquelas pessoas que vivenciam fortemente o prazer de ajudar ao próximo, de engajar-se em causas beneficentes, de abrir mão de algum conforto próprio para dividir com algum necessitado. São pessoas que não julgam, e sequer gostam de emitir opiniões sobre os outros, para evitar injustiças. Aliás, a empatia é a principal característica dos justos, dos honestos, dos que não se corrompem. Por quê? Porque todos eles têm consciência de que atos que não sejam pautados por esse direcionamento, fatalmente estarão prejudicando alguém. E, justamente por exercitarem a empatia, imaginam de forma instantânea como seria se isso se desse contra si mesmos. Simples assim.
O outro extremo, portanto, também é verdadeiro. Pessoas que não conseguem exercitar um mínimo dessa virtude, logicamente não têm como imaginar o que o outro está sentindo ou virá a sentir como consequência de
seus atos. Por isso é que, invariavelmente, essas são as pessoas sem escrúpulos, injustas, corruptas, caluniadoras, violentas, desonestas.
Felizmente, conheço poucas pessoas que estejam nesse extremo de não possuir um pingo de empatia. Mas conheço. E assim como eu, quem as conhece identifica de imediato seu caráter pouco apreciável.
Portanto, uma sugestão: se você acha que não possui essa virtude, se reconhece não ser naturalmente empático, passe a treinar isso dentro de si. É possível, com um pouco de esforço, encontrar no fundo de seu íntimo a semente da empatia. Fazê-la germinar, certamente fará de você uma pessoa ainda melhor.

Por: Marco Antônio Schneider Arsego

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