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Criação de secretaria da Mulher será aprovada na próxima terça pela Assembleia

Quatro meses depois de viver uma escalada sem precedentes nos casos de feminicídio, durante o feriado da Páscoa, em abril, quando 10 mulheres foram mortas em apenas quatro dias, o Rio Grande do Sul irá retomar, na próxima semana, a secretaria da Mulher.

Extinta há 15 anos, durante reforma administrativa do governo Sartori, a pasta será recriada com a aprovação de texto do Executivo, que, em função de acordo de líderes, será analisado pelo plenário na próxima terça-feira.

A iniciativa foi encampada pelo governador Eduardo Leite (PSD) em função de uma série de ações em diversas instâncias e de intensificação das cobranças. Uma das principais mobilizações se deu em torno de iniciativa organizada pela deputada Bruna Rodrigues (PCdoB), que comanda a procuradoria especial da Mulher na Assembleia.

A parlamentar elaborou moção que contou com o apoio unânime dos parlamentares da Casa. O documento foi entregue ao governador por deputadas de todos os campos políticos no dia 14 de maio.

Em 26 de junho, Leite anunciou em ato no Piratini, com pompa, circunstância, e a presença maciça de mulheres, que a secretaria seria retomada. A partir da recriação, efetivada com a sanção do projeto que será aprovado na semana que vem, as cobranças devem ser intensificadas e as iniciativas vinculadas à retomada da pasta serão acompanhadas de perto.

Um dos pontos que vem gerando expectativas e que será observado no detalhe é a verba destinada para a secretaria no Orçamento-Geral do Estado para 2026.

Os feminicídios não são um desafio apenas no Rio Grande do Sul, mas em todo o país. O crime é um dos mais difíceis de ser combatido, por envolver, em sua maioria, pessoas muito próximas e com fácil acesso às vítimas.

Retomada simbólica e necessária

Além de representar uma retomada simbólica, a secretaria estadual da Mulher terá papel relevante e estratégico nas articulações das diversas ações necessárias para fazer frente aos feminicídios. Entre elas, a proteção e o acolhimento das vítimas em um dos momentos mais delicados de suas vidas.

Foto: Lauro Alves / ALRS / Divulgação

Fonte: Taline Oppitz / Correio do Povo

Autor: Rádio Guaíba

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