GeralSaúde

Cinco anos de pandemia: Brasil atinge o menor número de casos e mortes por covid-19 desde 2020

Máscaras. Testes. Caminhões militares transportando corpos na Itália. A crise do oxigênio em Manaus (AM). Estádios de futebol transformados em hospitais de campanha. A pandemia do novo Coronavírus mudou a forma como vemos o mundo. Testes com vacinas, campanhas de imunização em massa, notícias falsas, protestos e trabalho remoto tomaram conta do nosso cotidiano. Os primeiros casos de uma “pneumonia misteriosa” em Wuhan, na China, foram retratados no final de 2019.

O primeiro caso de covid-19 no Brasil foi confirmado no dia 27 de fevereiro de 2020 num indivíduo que havia retornado de uma viagem à Itália. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou que a covid-19 poderia ser considerada uma pandemia no dia 11 de março de 2020.

Cinco anos depois, o Brasil apresenta os menores números de casos e óbitos desde o começo da emergência sanitária. Em 2024, as secretarias estaduais de saúde notificaram 862.680 casos, uma redução de 54,1% em comparação com 2023, quando foram notificados 1.879.583 casos; e de 93,8% em comparação com 2022 (14.043.760 casos notificados).

Os óbitos tiveram redução de 59,6% em 2024 na comparação com 2023 e de 92% em relação aos dados de 2022. As secretarias notificaram 5.959 óbitos em 2024, 14.785 óbitos em 2023 e 74.797 óbitos em 2022.

Quanto ao cenário em 2025, a doença segue com valores relativamente baixos em comparação ao seu histórico. Até o dia 25 de fevereiro, as secretarias reportaram ao Ministério da Saúde 130.507 casos e 664 óbitos por covid-19. No mesmo período de 2024, esses números eram de 310.874 casos e 1.536 óbitos. É importante destacar que os dados de 2025 ainda são preliminares e estão sujeitos à atualização.

Os casos e óbitos por covid-19 são atualizados semanalmente pelo ministério no informe Vigilância das Síndromes Gripais, que apresenta uma análise das notificações reportadas pelas secretarias de Saúde, da vigilância laboratorial, da vigilância de SRAG e da vigilância sentinela de síndrome gripal. Os dados referentes às notificações reportadas pelas secretarias podem ser consultados no painel Coronavírus.

Apesar dos avanços nos últimos anos, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, reforça que as medidas de prevenção continuam extremamente relevantes no momento atual, considerando que o SARS-CoV-2, especialmente em conjunto com outras condições ou fatores de risco, pode levar ao agravamento da doença.

“Embora os números estejam diminuindo ao longo dos anos, a doença continua causando a perda de vidas na população brasileira, além de consequências graves como a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica. Por isso, é importante que as pessoas continuem atentas aos cuidados necessários para prevenir casos graves e óbitos pela covid-19”, destaca Ethel.

Cuidados

– Vacinação;
– Testagem;
– Isolamento dos casos confirmados;
– Medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, etiqueta respiratória, higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão;
– Ventilação, limpeza e desinfecção adequada de ambientes;
– Protocolos de manejo clínico dos casos suspeitos.

Em novembro de 2024, o Ministério da Saúde concluiu a compra de 69 milhões de doses, suficiente para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por até dois anos, gerando economia superior a R$ 1 bilhão. Para garantir eficiência, o ministério adotou inovações, como entrega parcelada pelo laboratório e a possibilidade de substituição por versões mais recentes aprovadas pela Anvisa.

Em dezembro de 2024, a pasta atualizou a estratégia de vacinação contra a covid-19. Com o informe técnico, a pasta incluiu as doses no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos (60 anos ou mais). Gestantes devem ser imunizadas com uma dose por gestação, e os idosos receberão uma dose a cada seis meses. Em janeiro de 2024, teve início a inclusão da vacina para crianças de 6 meses e menores de 5 anos no Calendário Nacional de Vacinação.

O ministério continua a distribuir kits para testagem rápida para todo o Brasil conforme o Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19 – PNE-Teste . De janeiro de 2024 até março de 2025 foram distribuídos cerca de 17 milhões de testes rápidos para o diagnóstico de SARS-CoV-2.

Em maio de 2023, a OMS declarou o fim da emergência global de saúde relacionada à covid-19. A entidade ponderou que a doença continuaria a causar problemas e lembrou que, até aquele momento, haviam sido registradas 7 milhões de mortes — embora estimava-se que esse número poderia superar a casa de 20 milhões por causa da subnotificação. O fim não significa que a covid tenha deixado de ser uma ameaça à saúde. A propagação mundial da doença continua caracterizada como uma pandemia.

“O que essa notícia significa é que está na hora de os países fazerem a transição do modo de emergência para o de manejo da covid juntamente com outras doenças infecciosas”, destacou Tedros Adhanom. As informações são do portal de notícias BBC Brasil.

Autor: O Sul Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo