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Ciclone trará vento em seis estados nesta segunda; veja o que esperar

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Max. de Almeida
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Ciclone extratropical está em formação neste domingo junto à província de Buenos Aires na Argentina e vai influenciar o tempo neste começo de semana no Sul e no Sudeste do Brasil, como a MetSul Meteorologia vem informando.

Vento associado ao ciclone pode trazer ocorrências de quedas de árvores nesta segunda-feira em São Paulo com cortes de luz em algumas áreas | NELSON ALMEIDA/AFP/METSUL

Mais uma vez reiteramos que este ciclone não será intenso. Os dados analisados dos modelos meteorológicos indicam o centro de baixa pressão com 997 hPa a 998 hPa na foz do Rio da Prata nesta segunda-feira.

Como consequência, não devem ser esperados ventos muito intensos como registrados nos quatro grandes ciclones que afetaram o Sul do Brasil nos últimos meses, o primeiro no final de maio, o principal em 28 de julho, o segundo entre 19 e 20 de agosto e o terceiro na primeira semana de setembro, todos com rajadas acima de 100 km/h.

Isso, contudo, não significa que vai deixar de ventar forte. O campo de vento do ciclone extratropical passa a atuar no Sul do Brasil nesta segunda-feira e a ventania deve se estender a pontos do Sudeste do país.

A circulação de ventos do ciclone deixará a segunda-feira muito ventosa no Rio Grande do Sul com rajadas na maioria das regiões de 40 km/h a 70 km/h, mas em alguns pontos do Sul e do Leste gaúcho o vento poderá atingir de 60 km/h a 70 km/h, com rajadas pontuais mais fortes perto e acima de 80 km/h.

Em Porto Alegre, o vento também soprará por vezes forte nesta segunda-feira. Rajadas de 60 km/h a 70 km/h pode ocorrer na capital gaúcha, mas em alguns pontos, por efeito da topografia, podem ser mais fortes.

O período mais ventoso do dia nesta segunda no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul deve ocorrer entre o meio da manhã e o meio da tarde com o vento perdendo força e acalmando gradualmente em direção à noite.

Sob este cenário de vento, podem ocorrer cortes de energia, quedas de árvores e outros transtornos, mas antecipamos que não devem ser significativos e as ocorrências tendem a ser bastante pontuais.

Projeção de vento para a tarde desta segunda do modelo europeu | METSUL

O vento na segunda-feira pode ser forte e com rajadas ainda no Leste de Santa Catarina e do Paraná, com rajadas na maioria dos locais de 40 km/h a 60 km/h, entretanto mais fortes nas montanhas da Serra do Mar, suas encostas e trechos da costa.

Os dados analisados pela MetSul Meteorologia apontam ainda que o vento pode soprar forte nesta segunda no estado de São Paulo, especialmente na capital, Grande São Paulo e pontos do Leste paulista como a Serra do Mar. As rajadas devem ficar entre 60 km/h e 80 km/h, podendo gerar cortes de luz e quedas de árvores.

Conforme avaliação da nossa equipe, o vento começa a se intensificar em São Paulo de manhã e as rajadas mais fortes devem se dar no período da tarde com enfraquecimento do vento à noite.

Os mesmos modelos matemáticos sinalizam também que pode ventar forte durante esta segunda em áreas do Sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. As rajadas, em média, devem ficar entre 50 km/h e 60 km/h, mas, isoladamente, podem ser mais fortes.

Projeção de imagem visível de satélite do modelo europeu para esta segunda mostra o ciclone na foz do Rio da Prata | ECMWF

Ciclone extratropical nada mais é que uma área de baixa pressão atmosférica de centro frio que se forma em latitudes médias, geralmente associado ao encontro de massas de ar com características diferentes — uma quente e úmida, outra fria e seca. São mais comuns no outono e no inverno, embora ocorram em qualquer mês do ano.

A energia que movimenta esse sistema vem justamente do contraste térmico entre as massas de ar, e não do calor do oceano. Normalmente, ciclones extratropicais não apresentam olho definido e é caracterizado por frentes frias e quentes, que trazem ampla área de instabilidade, ventos fortes e chuva por vezes intensa.

Embora menos simétrico que um furacão, o ciclone extratropical pode ser igualmente perigoso e produzir ventos tão intensos quanto um furacão nos casos mais extremos, o que não é o caso do ciclone do começo desta semana.

Autor: MetSul

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