Entidade aponta ainda que El Niño pode causar impactos na agricultura brasileira
Normalmente, em anos de El Niño, é comum observar o aumento da disponibilidade hídrica no centro-sul do Brasil, o que tende a beneficiar as culturas de grãos, como a soja e o milho primeira safra. No entanto, o excesso de chuva na Região Sul pode aumentar a umidade e a severidade de doenças em plantas, exigindo maior vigilância e cuidados no monitoramento e manejo das culturas.
Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia. No monitoramento do El nino, a intensidade tem variado de fraca a moderada, até o mês de agosto. No entanto, em setembro/outubro, as anomalias apresentaram valores indicando uma possível evolução para uma classificação mais intensa do fenômeno. Contudo, para consolidar essa classificação, é essencial que as temperaturas se sustentem nesse patamar elevado nos próximos meses.
Índices na região ultrapassaram os 320 mm no mês
E a chuva na região ultrapassou a média climatológica para o mês de outubro em mais de 125 milímetros. Ou seja, choveu 125 milímetros a mais de primeiro de outubro até hoje (19/10/23), do que a média climatológica de todo o mês. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia, com base na estação climatológica de Lagoa Vermelha, que abrange a região. Esse é o dado oficial. Porém, em pontos da região choveu mais de 400 milímetros no mês de outubro até agora, conforme monitoramentos e coletas de empresas particulares e produtores.
As chuvas já causam problemas nas culturas de inverno, além de danos em estradas vicinais e perímetro urbano.
Em curto prazo, segundo o INMET, na Região Sul, há previsão de acumulados de chuva significativos e maiores que 80 mm, especialmente no norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e sul do Paraná na semana de 24 a 31 de outubro.
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Autor: Rádio Poatã
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