
Deputados e senadores do Centrão ameaçam começar uma “guerra legislativa” contra a Petrobras depois do anúncio, em plena emenda de feriado, de novo aumento no valor do diesel e da gasolina. Esses congressistas já elencaram duas pautas que pretendem avançar.
- Pedem a renúncia imediata do CEO da estatal, José Mauro Ferreira Coelho;
- Ameaçam quebrar rapidamente o monopólio da estatal.
A ideia ganhou corpo sobretudo pelo timing da aprovação do novo aumento. Na 4ª feira (15.jun), o Congresso limitou em 17% a cobrança de ICMS pelos Estados sobre combustíveis, energia elétrica, serviços de telecomunicações e transporte público.
A decisão foi entendida como provocação política, já que atrapalha o objetivo de gerar bem-estar entre os eleitores e mostrar que o Congresso está fazendo algo.
“A Petrobras, quando precisa ser empresa pública, para se beneficiar do Tesouro, ela o é. Agora tomamos uma medida importante para diminuir os preços ao consumidor, e ela ameaça com aumento”, disse o deputado federal Danilo Forte (UB-CE), presidente da Frente Parlamentar de Energias Renováveis e autor do PLP 18, que estabeleceu o teto do ICMS.
“Está na hora de quebrar o monopólio de fato da Petrobras. Temos que encarar este debate -não pode a Petrobras vender petróleo para China mais barato do que vende para nossas refinarias. Isso precisa ser combatido”, disse.
A ala política do governo, liderada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), também cobra a renúncia do CEO da Petrobras para que o novo indicado, Caio Paes de Andrade, assuma o posto. Há a esperança que ele tenha uma gestão mais politizada da estatal. Isso quer dizer permitir menos aumentos no ano eleitoral.
A principal crítica desse grupo tem a ver com os lucros que a Petrobras aferiu no último ano. Apenas em dividendos para a União, serão pagos R$ 31,5 bilhões de maio a julho.
Autor: Poder 360
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