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Após desculpas, ex-governador de São Paulo, João Doria aposta em Lula como “pacificador do Brasil”

Doria acrescentou que se arrepende do apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O ex-governador de São Paulo João Doria afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “pode ser o grande agente pacificador do Brasil” durante seu mandato. As declarações foram dadas em entrevista ao site Brazil Journal.

Doria disse que reconhece ter extrapolado o limite em suas críticas contra o atual chefe do Executivo.

“Em vários momentos fui além da linha razoável de manifestação e já pedi desculpas publicamente por isso.”

“Há uma pessoa no Brasil que pode reduzir sensivelmente essa visão de confronto e postura divisória, que é o presidente Lula”, falou na entrevista.

E acrescentou que, para isso, Lula precisa “estender a mão” para aqueles que já foram seus adversários.

Ele também disse que a reunião entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um gesto de “grandeza” do presidente.

Ao ser questionado sobre seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018, Doria admitiu se arrepender.

“O direito ao arrependimento é prova de grandeza. Não tenho compromisso com os equívocos”, disse o ex-governador. “Foi um equívoco compartilhado com milhares de brasileiros.”

Recentemente, João Doria pediu desculpas por declarações que deu, cinco anos atrás, logo após a prisão de Lula. A fala ocorreu durante participação no podcast Flow News. Em 2018, pouco depois de o petista ser preso pela Polícia Federal (PF) em decorrência de condenação no âmbito da Operação Lava-Jato, o então prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo paulista festejou nas redes sociais. Lula ficou preso por 580 dias, entre 7 de abril de 2018 e 8 de novembro de 2019.

“A decisão da Justiça brasileira de condenar à prisão Luiz Inácio Lula da Silva lava a alma dos bons brasileiros. Lava a alma daquelas pessoas que sabem o valor da Justiça e sabem também das mentiras que Luiz Inácio Lula da Silva colocou, pregou e propagou pelo Brasil”, disse Doria à época.

“Aquilo foi uma declaração imprópria, e eu não tenho problema em reconhecer. Isso me ajuda a ser uma pessoa melhor, mais respeitada. Eu sei pedir desculpas, sei reconhecer quando eu erro. Não foi uma declaração adequada”, afirmou o ex-governador de São Paulo ao programa.

O empresário também se retratou por outra postagem, feita já como governador, um ano depois, em 2019. Na ocasião, Doria ironizou a iminente transferência do petista para o presídio de Tremembé, no interior paulista, medida que acabou revogada antes que se concretizasse. Doria garantiu que o ex-presidente seria “tratado como os outros presidiários” e que poderia “fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar”.

“Eu não poderia jamais confrontar a Justiça. A Justiça determinou que ele fosse mantido dentro do sistema prisional, mas aquela frase foi uma frase imprópria, inadequada, pela qual eu me desculpo, inclusive”, disse Doria ao participar do Flow.

Autor: O Sul

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