Adultos chupando chupeta? Nova tendência na China para aliviar estresse e ansiedade
Ideia é que o hábito, associado ao conforto da infância, ajude a aliviar a ansiedade, melhorar o sono e até facilitar o abandono do cigarro
Pode parecer estranho, mas um novo costume popular na China está chamando atenção: adultos usando chupetas para lidar com o estresse. A ideia é que o hábito, associado ao conforto da infância, ajude a aliviar a ansiedade, melhorar o sono e até facilitar o abandono do cigarro. Só que, apesar da promessa de bem-estar, médicos e psicólogos já demonstram preocupação com os possíveis riscos à saúde.
De acordo com uma reportagem do jornal asiático My News, essas chupetas, feitas de silicone ou borracha, são vendidas em sites de comércio eletrônico por valores que variam de R$ 8 a R$ 350, na conversão direta.
Na internet, usuários relatam experiências positivas. Um deles escreveu que a chupeta é “macia, confortável e não atrapalha a respiração”. Outro disse que o acessório tem ajudado a lidar com a abstinência do cigarro, oferecendo uma sensação de alívio emocional: “me dá conforto psicológico e me deixa menos inquieto durante os períodos em que eu não fumo”. Há também quem use durante o trabalho, dizendo que o hábito transmite uma sensação de segurança parecida com a da infância.
Dentistas alertam que o uso prolongado pode trazer consequências. Tang Caomin, que é profissional da cidade de Chengdu, na China, explica que chupar a chupeta por mais de três horas por dia pode provocar movimentação dos dentes. “O potencial dano causado pelas chupetas à boca dos clientes é intencionalmente minimizado pelos vendedores”. O especialista também alertou que partes da chupeta podem ser inaladas enquanto a pessoa dorme.
Já psicólogos alertam que o uso da chupeta pode funcionar como uma forma de evitar o enfrentamento das causas reais do estresse e da ansiedade. “A verdadeira solução não é se tratar como uma criança, mas encarar o desafio diretamente e resolvê-lo”, disse Zhang Mo, um psicólogo que atende na cidade de Chengdu.
Autor: Revista Crescer
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