
Mais do que tentar o voto útil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concentra energia nos últimos dias de campanha para convencer o eleitor a comparecer na votação, no próximo domingo (2). Isso, porque, a abstenção pode definir se haverá ou não segundo turno, se os cenários das pesquisas de intenções de votos se confirmarem.
O número de eleitores que decidiram não votar nas últimas duas eleições presidenciais foi grande. A abstenção de votos chegou a quase 20% do eleitorado em 2014, e, em 2018, subiu ainda mais. Se essa tendência seguir agora no primeiro turno, mais de 30 milhões de brasileiros podem não comparecer às urnas;
“São aqueles que estão decepcionados com os dois lados, Lula e [Jair] Bolsonaro. Eles podem exercer claro o voto ao Ciro [Gomes] e à [Simone] Tebet, principalmente, mas muitos deles se quer darão o trabalho de votar. Enfim, a questão é observar nesta equação toda se o índice vai superar o das eleições anteriores ou se vai cair com uma certa força”, explica o cientista político e professor da ESPM Paulo Ramires.
E a ausência dos eleitores pode favorecer Jair Bolsonaro (PL). É que a abstenção de votos atinge as faixas de eleitores nas quais Lula tem mais vantagem nas pesquisas, como aqueles com menor escolaridade.
Em 2018, a taxa de comparecimento entre os analfabetos, que não são obrigados a votar, foi de 49%. O número aumenta conforme sobe a escolaridade e chega entre os eleitores com ensino superior completo, a 88%. A abstenção também é alta entre idosos acima de 70 anos, para quem o voto não é obrigatório.
“A lógica é muito clara, existe o custo de votar. O custo de votar é o preço do deslocamento, a penalidade que se aplica e o custo da informação. Essas pessoas com mais baixa escolaridade e menos renda tem mais dificuldade para votar”, afirma Paula Veiga, professora de ciências políticas da Unirio.
As mulheres, além de serem maioria entre o eleitorado, registram uma taxa de comparecimento às urnas um pouco maior do que dos homens. Entre o público feminino, o petista leva vantagem. Por isso, a campanha do presidente Bolsonaro também deve se empenhar em evitar a abstenção no próximo domingo.
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1 de 11 O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília – 20/06/2022
Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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2 de 11 Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT
Crédito: Foto: Ricardo Stuckert
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3 de 11 O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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4 de 11 Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência
Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet
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5 de 11 Felipe d’Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência
Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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6 de 11 José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras
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7 de 11 Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação
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8 de 11 Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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9 de 11 Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022
Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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10 de 11 Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República – 02/08/2022
Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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11 de 11 Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB)
Crédito: Reprodução Facebook
Autor: CNN Brasil
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