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Meteorologista Estael Sias: até quando vai esse frio?

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Max. de Almeida
Céu Limpo
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A grande onda de frio que castiga o Cone Sul da América atingiu nesta quarta-feira (2) o seu ápice. Na Argentina, a cidade de Buenos Aires teve mínima de -1,9ºC, a menor desde os -2,3ºC de agosto de 1991. Na Grande Buenos Aires, El Palomar caiu a -7,4°C, a segunda mais baixa temperatura desde o início das medições em 1935, só atrás dos -8,0°C de junho de 1967.

Foto mostra frio em Livramento

FABIAN RIBEIRO LEAL

No Rio Grande do Sul, centenas de cidades voltaram a ter temperaturas abaixo de zero. A menor ocorreu em Pinheiro Machado, na Serra do Sudeste, com -9,1ºC, a menor deste ano no estado. Na Grande Porto Alegre, a área rural de Novo Hamburgo registrou -1,0ºC. Porto Alegre anotou 2,1ºC em Belém Novo.

Frio ainda mais extremo ocorreu em Santa Catarina com mínimas excepcionalmente baixas no Planalto Sul, onde fez -9,7ºC em Bom Jardim da Serra; -8,8ºC em Painel; -8,1ºC em São Joaquim; -7,8ºC em Urupema; e -6,6ºC em Urubici.

A pergunta que mais se faz neste momento é: até quanto vai esse frio? Para quem espera o alívio do ar gelado e um retorno a temperaturas mais próximas do normal, há uma notícia boa e outra ruim.

Não deixa de fazer frio tão cedo no Sul do Brasil, mas o pior das baixas temperaturas já passou, especialmente no turno da tarde, e foi entre segunda-feira e esta quarta-feira.

A previsão da MetSul Meteorologia sinaliza a continuidade das temperaturas baixas nos próximos dias durante a noite, entretanto sem valores tão extremo como observados na terça-feira e hoje. A massa de ar frio enfraquece bastante, mas a atmosfera ainda deve permanecer resfriada.

Ocorre que nos próximos sete a dez dias, embora sem ar gelado presente como na primeira metade da semana, a atmosfera vai estar bastante seca no Sul do Brasil e o perfil atmosférico seco favorece resfriamento noturno maior durante a noite com vento calmo e escassa nebulosidade.

Por isso, durante os próximos dez dias, quase todos ou todos devem ter temperaturas negativas em pontos de maior altitude do Rio Grande do Sul (região de São José dos Ausentes no Nordeste e em Pinheiro Machado no Sudeste do estado) assim como no Planalto Sul Catarinense, logo serão muitos dias ainda com geada.

Como vai esfriar mais em superfície que em camadas superiores, o que caracteriza inversão térmica, bancos de nevoeiro serão frequentes e haverá uma brutal diferença de microclimas em áreas de relevo com mínimas até 5ºC a 10ºC menores em baixadas que, por exemplo, sobre um morro próximo.

Assim, é provável que se veja, por exemplo, em São José dos Ausentes, a estação do Instituto Nacional de Meteorologia que está sobre um morro marcar mínimas muito mais altas que em estações particulares no municípios que estão em baixadas.

Finalmente, a mesma atmosfera seca que favorece maior resfriamento à noite e prolongará o frio noturno vai proporcionar maior aquecimento diurno, logo as tardes serão mais amenas e algumas até agradáveis com máximas ao redor e acima de 20ºC.

Autor: MetSul

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