Um ciclone extratropical provocou vento de 119 km/h nesta sexta-feira na Patagônia da Argentina, causando estragos e dificultando o trânsito de veículos em província do Sul da Argentina.
NOAA
O vento castigou desde a madrugada desta sexta-feira a cidade argentina de Comodoro Rivadavia e Rada Tilly, com rajadas de vento que chegaram a 119 km/h por volta das 7h50, segundo o Serviço Meteorológico Nacional (SMN).
A cidade amanheceu sob alerta amarelo para vento e chuva. O cenário resultou em diversos estragos e mobilizou equipes de emergência. “Desde cedo tivemos que atender muitas ocorrências por causa do vento forte”, relatou Sebastián Barrionuevo, da Defesa Civil.
Entre os danos registrados estão a queda de uma casa pré-fabricada e a derrubada de um grande outdoor próximo ao aeroporto. Também houve destelhamentos e árvores caídas em diferentes pontos da cidade.
Além disso, mais de 20 bairros ficaram sem energia elétrica a partir das 8h. A interrupção foi confirmada pela Sociedade Cooperativa Popular Limitada (SCPL). As áreas afetadas incluem bairros como Quirno Costa, Las Flores, Stella Maris, San Martín, e até mesmo o Hospital Regional.
A queda de energia também impactou os serviços de internet, telefonia e semáforos, gerando lentidão no trânsito. O fornecimento só foi restabelecido após as 11h30. A Defesa Civil também informou que várias casas sofreram danos nos telhados e muitas chapas metálicas se soltaram com a força do vento.
Para a noite de sexta e madrugada de sábado, a previsão do SMN inclui chuva forte com volumes superiores a 35 mm, podendo nevar nas áreas mais elevadas. O sábado também pode ter nova intensificação dos ventos, com rajadas de até 90 km/h pela manhã.
Além de Comodoro, cidades como Rawson, Trelew e Puerto Madryn também estão sob alerta. As autoridades pedem que a população permaneça em locais seguros, evite circular sem necessidade e fixe objetos que possam ser levados pelo vento.
METSUL
O centro do ciclone extratropical apresentava pressão atmosférica de apenas 978 hPa na manhã de hoje e estava sobre o continente, na altura da província argentina de Santa Cruz.
O ciclone na Patagônia não oferece qualquer risco ao território brasileiro. Distante do Brasil, o sistema se moverá para Sudeste em direção às Ilhas Malvinas e depois rumo à Antártida.
A frente fria associada ao ciclone, entretanto, deve provocar chuva e temporais que podem ser localmente fortes ou severos neste sábado no Centro da Argentina, sobretudo na província de Buenos Aires.
A frente fria alcança o Rio Grande do Sul no domingo com aumento de nuvens e chuva em diversas regiões gaúchas, mas chegará mais fraca. Na sequência, o ar frio responsável pela primeira grande nevada do ano hoje na Patagônia trará madrugadas frias no Sul do Brasil.
Autor: MetSul
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