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Após nova derrota, Quinteros minimiza críticas e diz que “o Grêmio está dentro da normalidade”

Gustavo Quinteros na coletiva pós jogo

Foto: Rádio Grenal

A derrota por 2 a 0 para o Flamengo na Arena, neste domingo, acendeu o sinal de alerta no Grêmio e aumentou ainda mais a pressão sobre o técnico Gustavo Quinteros. Mesmo assim, o treinador adotou um discurso tranquilo na entrevista coletiva pós-jogo, evitando reconhecer uma crise e elogiando o comportamento da torcida durante os 90 minutos.

“Hoje, escutei a torcida apoiando o jogo todo. Não ouvi desaprovações. A verdadeira torcida sempre apoia”, afirmou Quinteros, contrariando a realidade vivida nas arquibancadas da Arena, que teve vaias constantes ao longo da partida e protestos no apito final. O clima nas arquibancadas foi de clara insatisfação com mais uma atuação apática do time.

Quinteros também tentou normalizar a pressão enfrentada no cargo, citando que grandes clubes passam por situações semelhantes. “O futebol sempre tem pressão. Os times têm que ganhar. Flamengo, Cruzeiro e Corinthians não ganharam e a torcida chiou. O Grêmio está dentro da normalidade”, avaliou o treinador, ignorando o fato de que a equipe acumula duas derrotas em três jogos no Brasileirão e tem desempenho questionado desde o início da temporada.

Sobre o desempenho dentro de campo, o técnico reconheceu a frustração com o resultado, principalmente pela expectativa criada antes da bola rolar. “Tínhamos confiança em não perder este jogo, o que nos possibilitaria crescer como equipe. Estamos frustrados”, disse. Ele também lamentou o gol sofrido logo no início, apontando o impacto psicológico no elenco. “Tomamos um gol cedo, um golpe muito duro, que desestabiliza o anímico. Mas, conseguimos criar algumas chances.”

Apesar do discurso de calma, o cenário nos bastidores é de alerta. A diretoria ainda mantém o apoio público ao comandante, mas o próximo compromisso, contra o Mirassol na quarta-feira, pode ser decisivo. A pressão externa cresce a cada rodada, e o desempenho do time em campo tem deixado pouco espaço para justificativas.

* Por supervisão de: Marjana Vargas