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No Brasil, vírus HMPV é “estável” e “com baixa probabilidade” de gerar pandemia, diz especialista

vírus HMPV tem aparecido com frequência no noticiário em função do aumento de casos e da preocupação que vem causando na China. Em meio a este cenário, começaram a circular nas redes sociais relatos alarmistas que sugerem que uma nova pandemia, semelhante à da Covid-19, estaria prestes a ocorrer. No entanto, este vírus é bem diferente do vírus da Covid-19.

De acordo com a Fiocruz, o HMPV não oferece o mesmo perigo. No Brasil, o HMPV é detectado com frequência, principalmente em jovens. O vírus é estável e tem baixa probabilidade de sofrer mutações e gerar uma pandemia.

“Estudos mostram que ele tem causado mais infecções em pacientes jovens, é muito transmissível em aglomerações e sua ocorrência ocorre em ciclos, a depender da susceptibilidade da população. Até o momento, os dados indicam que ele é um vírus estável, com baixa probabilidade de mutação e de gerar pandemia”, explica a pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

O país está plenamente preparado para detectar esse e outros vírus respiratórios em território nacional, afirma a pesquisadora. “O Brasil possui uma rede de laboratórios de vigilância altamente capacitada.”

Trata-se de um vírus relativamente comum que, em geral, causa sintomas leves, como tosse, febre e congestão nasal. De nome um pouco difícil, o metapneumovírus humano (HMPV) não é novo. Foi identificado em 2001, na Holanda.

Casos no hemisfério Norte

Com a chegada do inverno no hemisfério Norte, tem sido observado aumento de casos na China, principalmente entre crianças. Com isso, as autoridades de saúde locais promoveram campanhas de conscientização sobre medidas de saúde e higiene para evitar novas infecções.

“Após a Covid-19, o mundo se vê preocupado com a possibilidade de propagação de novos vírus. No entanto, a situação com o metapneumovírus é completamente diferente. Ele é um velho conhecido dos cientistas. Já o SARS-CoV-2, que causou a pandemia, era uma nova cepa de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos”, explica.

“Seja no hemisfério Norte ou no Sul, as infecções respiratórias tendem a aumentar durante o inverno. Aqui no Brasil, por exemplo, é sempre assim. Todos estão acostumados com isso. É algo natural”, comenta a virologista.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os aumentos observados em infecções respiratórias agudas em muitos países do hemisfério Norte são esperados no inverno e não são incomuns.

Assim como o vírus da gripe, a transmissão do HMPV ocorre a partir da liberação de secreções de uma pessoa infectada para outra sadia, seja ao tossir ou espirrar, ou pelo contato pessoal próximo, como apertos de mão ou toques. Também pode ser transmitido a partir do contato com objetos ou superfícies contaminadas.

Recomendações

A OMS recomenda medidas simples para controlar a transmissão do metapneumovírus, similar às utilizadas contra a Covid-19:

  • Usar máscara de proteção facial;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
  • Higienizar as mãos frequentemente;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz ou boca;
  • Orientar pessoas com sintomas ou com diagnóstico positivo a permanecer em casa, evitando propagar o vírus.

Autor: Correio do Povo Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER

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