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Começo do verão de perigo por excesso de chuva no Sudeste do Brasil

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Período inicial do verão terã elevado risco de chuva excessiva com volumes localmente até extremos no Sudeste do Brasil com alagamentos, inundações e deslizamentos de terra | FOTORUA/NURPHOTO/AFP/ARQUIVO

A MetSul Meteorologia alerta que o começo do verão será marcado por um cenário de perigo por chuva excessiva no Sudeste do Brasil com temporais de chuva forte a intensa capazes de acumulados volumes significativamente elevados de precipitação com risco de alagamentos, inundações e deslizamentos de terra.

Os primeiros dez dias do verão, entre este sábado que marca o começo da estação e o final do ano, vão se caracterizar como período de significativa instabilidade na Região Sudeste em que devem ser esperados volumes muito expressivos de chuva em diversas áreas.

Os temporais, especialmente da tarde para a noite, serão frequentes com chuva forte a intensa e raios, podendo se produzir ainda tempestades em alguns pontos com rajadas de vento forte, com potencial de cortes de energia e quedas de árvores, tal como já se deu na cidade de São Paulo hoje e era alertado pela MetSul desde a quarta-feira.

Mas é a chuva que mais traz preocupação. Não serão poucos dias com chuva, mas uma sequência de vários dias instabilidade com chuva bastante frequente e por vezes forte a intensa com significativos acumulados em curto período, o que aumenta o potencial de inundações e alagamentos repentinos.

Os altos volumes de chuva devem afetar muitos pontos do Sudeste do Brasil durante os próximos dias com elevados acumulados de precipitação indicados para vários locais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais na soma dos diversos dias de instabilidade.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, espera-se chuva neste fim de semana e que pode ser forte principalmente durante o sábado. Mas, depois do Natal, entre os dias 26 e 29, a capital paulista deve ter um período com muita chuva em que alagamentos devem ser frequentes. No interior do estado, muitas cidades também devem enfrentar chuva por vezes forte a intensa neste fim de ano.

Já no Rio de Janeiro, a tendência é ainda mais preocupante pelo relevo local. Volumes muito altos a localmente excessivos são esperados neste fim de ano. Espera-se muita água entre este fim de semana a terça-feira com períodos de chuva forte a muito forte, mas haverá ainda instabilidade nos dias seguintes com risco ainda de precipitações em alguns momentos fortes.

A chuva será muito frequente neste fim de ano também em Minas Gerais, sobretudo no Oeste, Centro e o Sul do estado. Os acumulados localmente podem ser muito altos. Em Belo Horizonte, onde as precipitações também devem ser frequentes, haverá também momentos de chuva forte.

Veja as projeções de chuva dos modelos

Há um absoluto consenso entre os modelos numéricos de que vai chover muito nos estados do Sudeste do Brasil durante este fim de ano com altos volumes indicados na soma das próxima duas semanas. O mapa abaixo mostra a projeção de chuva para 15 dias do modelo norte-americano GFS.

METSUL

Da mesma forma, porém para um período de prognóstico de dez dias, os modelos do Centro Meteorológico Europeu (ECMWF) e canadense indicam acumulados de chuva significativamente altos para este fim de ano no Sudeste do Brasil.

METSUL

METSUL

Os volumes de chuva em muitas áreas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro nos últimos dez dias de 2024 devem ficar entre 100 mm e 200 mm, mas haverá vários locais que devem passar de 200 mm. Algumas áreas devem ter marca em dez dias de 300 mm a 400 mm, não afastando marcas isoladas superiores por efeito de orografia.

Risco elevado de alagamentos, inundações e deslizamentos

Diante do cenário que se apresenta de precipitação, apesar de variações em volumes, é certo que haverá impactos para a população e, em alguns municípios, mesmo potencialmente graves. A persistência da chuva por vários dias e ainda com períodos de chuva muito forte em curto período trará inevitavelmente inundações e alagamentos.

Chuva com acumulados tão altos como se prevê traz ainda riscos geológicos. Será muito alto o risco de deslizamentos de terra em áreas de encostas de morros. Devem ocorrer ainda quedas de barreiras que podem gerar bloqueios parciais ou totais de rodovias estaduais e federais. O risco, devido ao relevo local, será mais alto em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Uma preocupação é que este período muito chuvoso vai coincidir com os das festas de fim de ano, com muita gente nas estradas e em atividades de turismo. Trechos alagados devem se terminantemente evitados por motoristas sob perigo de acidentes fatais. É preciso ter muita atenção em passeios por zonas rurais, como trilhas ou cachoeiras, ante o risco de cabeças d´água.

Autor: MetSul

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