
Defendida por entidades patronais no Rio Grande do Sul, a proposta de 2,21% de reajuste no salário-mínimo regional foi rejeitada por centrais sindicais durante a quarta reunião do comitê temático sobre o assunto na sede da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP). Os representantes dos trabalhadores reivindicam um índice de 8,45%.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Rio Grande do Sul (CTB-RS), Guiomar Vidor, definiu a proposta como “longe do aceitável”. Dentre os argumentos que ele menciona está a perda de poder de compra pelo piso gaúcho: “Entre 2019 e 2023, o mínimo gaúcho subiu apenas 29,2%, contra uma alta de 51,4% no preço da cesta básica”.
A pasta estadual mediará o próximo encontro entre o grupo de trabalho e , marcado para o dia 23 de abril. No foco está a busca de uma solução conciliatória por um índice que satisfaça ambos os lados das tratativas.
O relatório final da negociação deve ser apresentado pela Secretaria ao governador Eduardo Leite até o dia 30. Se não houver consenso entre patrões e empregados, o Executivo estadual definirá o índice de reajuste, que constará em projeto de lei submetido à Assembleia Legislativa.
Entenda
Distribuído em cinco faixas de remuneração, o salário-mínimo regional é um piso válido para categorias profissionais sem previsão de reajuste em convenções ou acordos coletivos – um contingente superior a 1,3 milhões de gaúchos. É o caso de empregadas domésticas, motoboys e assalariados rurais.
Os valores aprovados em dezembro de 2023 variam de R$ 1.573 a R$ 1.994. Já o mínimo nacional é de R$ 1.412 desde o dia 1° de janeiro deste ano.
(Marcello Campos)
(Foto: EBC)
Autor: O Sul
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