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Argentina tem apagões e importa energia do Brasil sob onda de calor

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Cortes de luz em Buenos Aires e outras cidades são um problema crônico na Argentina durante fortes ondas de calor | LUIS ROBAYO/AFP/METSUL METEOROLOGIA/ARQUIVO

A demanda no sistema eléctrico nacional da Argentina tingiu o recorde de 29.601 MW às 14h40 de ontem como consequência da onda de calor que afeta a Grande Buenos Aires e grande parte do país. Devido ao pico de carga, houve cortes de energia na província de Buenos Aires e na capital.

De acordo com dados das concessionárias, mais de 42 mil usuários da Edesur e quase 17 mil usuários do Edenor ficaram sem energia elétrica na tarde da quinta-feira enquanto a temperatura se aproximava dos 38ºC na cidade de Buenos Aires e dos 39ºC na região metropolitana da capital argentina.

 

O novo pico de demanda deixou facilmente para trás o máximo histórico anterior de um dia útil registrado em 13 de março do ano passado, quando o sistema registrou uma carga instantânea de 29.105 Mw.

Conforme os números do estado do serviço elétrico divulgados no site oficial da Entidade Nacional Reguladora de Eletricidade (ENRE), às 15h05 da quinta, cerca de 42.015 clientes da Edesur permaneciam sem fornecimento de energia eléctrica e 16.895 clientes da Edenor.

 

Apesar do recorde nacional, ambas as distribuidoras informaram durante a tarde que seus serviços não ultrapassaram os respectivos máximos históricos, e que permanecem vigentes as marcas de 4.556 MW para a Edesur e 5.941 para a Edenor.

Ante a elevada demanda, o Ministério da Energia decidiu aumentar as médias diárias de importação de eletricidade dos países vizinhos e colocar em funcionamento reservas técnicas mínimas para mitigar a saturação do sistema.

As empresas de distribuição têm reiterado a recomendação de que os usuários façam uso adequado dos aparelhos elétricos em casa e no trabalho e, desta forma, contribuam para que o uso dos recursos do sistema elétrico seja mais eficiente.

A procura energética foi satisfeita em 55% por fontes de geração térmica, 4% por origem nuclear, 10% por renováveis, 23% por geração hidrelétrica superior a 50Mw e 8% por importações.

O Ministério da Energia anunciou que, pelo nível de exigência do sistema que poderá prolongar-se por vários dias com a previsão de continuidade da onda de calor, estabeleceu medidas para nutrir o Sistema Interligado (SADI) com maior energia.

No primeiro caso, foi fixada uma importação média diária de energia elétrica do Brasil em 1.529 MW, do Uruguai em 177 MW, da Bolívia em 100 MW e do Chile em 80 MW, para completar o fornecimento de geração. Por outro lado, ordenou que o sistema funcionasse com as “reservas técnicas mínimas para evitar colapsos inoportunos”.

“Essas medidas buscam mitigar um sistema que hoje está saturado e à beira do colapso, produto de anos de falta de investimentos e tarifas congeladas. Isso gerou extrema vulnerabilidade do sistema evidenciada nos níveis de reservas mínimas”, disse a pasta liderada pelo ministro Eduardo Rodríguez.

 

Autor: MetSul

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