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CRÔNICA – FIM DE CICLO

Não sei quem teve a ideia de marcar o tempo.
Mas talvez tivesse sido melhor se nossa vida não passasse a ser “fatiada” em segundos, minutos, semanas ou anos.

Talvez, se assim fosse, não  chegássemos à terceira idade com a noção de que começamos a “descer a ladeira”,  já tendo vivido 2 terços da vida. E nem mesmo perceberíamos o quão rapidamente isso aconteceu, tampouco  que perdemos  tanto tempo deixando de viver para alimentar perspectivas futuras, boas ou más, que muitas vezes sequer se materializam.

Se não existissem os relógios, todas as nossa memórias justificariam  aquele “parece que foi ontem”  que não nos cansamos de repetir, pois não teríamos noção de que décadas se passaram desde alguns  acontecimentos e situações vividas.

Se, a exemplo dos primeiros humanos, ainda contássemos  apenas com a alternância do dia e da noite para nos orientar vagamente sobre a passagem dos dias, certamente estaria eliminado um dos grandes motivos do stress que experimentamos cotidianamente,  e que tanto corrói nossa saúde.

Mas não é assim.

Alguém, alguma civilização do passado, em algum momento da história, sentiu necessidade de organizar melhor o seu dia. O movimento dos astros já não era suficiente. Nem a alternância de dias e noites. E foi preciso criar mecanismos que nos permitissem medir o tempo cada vez com maior precisão.

E aqui estamos. No século XXI, pelo calendário adotado pela civilização ocidental.

E é por aquele calendário pendurado na parede  que sabemos que mais um ciclo baseado na translação de nosso planeta ao redor do sol está findando. Foi assim que convencionamos. Marcou-se o dia 31 de Dezembro como data final de cada ciclo de 365 dias. E o primeiro dia de Janeiro passa a simbolizar o início de nova viagem ao redor de nosso sol.

E nós, adaptados que estamos a esse infindável jogo da passagem do tempo, também “fatiamos” nossas vidas dentro desse período, como se a cada réveillon virássemos mais uma página do livro da vida. É assim que, logo no dia seguinte, identificamos o “ano novo” e nos sentimos preparados para iniciar  um novo capítulo, com esperança de que seja sempre melhor que o anterior. Pouco importa se, ano após ano, fizermos as mesmas promessas e os mesmos planos, e eles teimem  em não se concretizar. O importante é que a virada de ano nos reanima e nos dá nova motivação para esse eterno reinício. Como tem que ser.

Então, que venha o novo ciclo. Que chegue 2024 da era cristã, trazendo consigo a renovação de nossas forças, de nossas expectativas, de nossos projetos.  Afinal, ano que vem tem mais!

Feliz ano novo!

Por: Marco Antônio S. Arsego Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER

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