
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que 2022 foi “um desastre”, mas que hoje considera tudo “página virada”. As declarações foram feitas em evento do PL Mulher em Goiânia (GO). Ele estava com acompanhado da mulher, Michelle Bolsonaro.
“Quis Deus me dar segunda vida e quatro anos de presidente da República. Houve um desastre no ano passado. Ninguém entende o que aconteceu, mas vamos considerar página virada. Vamos continuar lutando pelo nosso Brasil. Temos um legado”, disse o ex-presidente.
Michelle dirigiu um evento político com várias referências religiosas no Centro de Convenções de Goiânia (GO), na área central da capital do estado. Ela disse que o marido foi “um homem que não perdeu as eleições”. E continuou: “Um homem que elegeu a maior bancada conservadora do congresso. Ele é um homem vitorioso.”
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, já havia afirmado que “essa esquerda ganha eleições sabe-se lá como”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 60,3 milhões de votos e venceu Bolsonaro, que obteve 58,2 milhões de votos na disputa de 2022. Nenhuma fraude foi comprovada.
Em julho deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral declarou o político de 68 anos inelegível por promover mentiras e ataques ao sistema eleitoral. A pena aplicada é de oito anos, ou seja, até 2030. Bolsonaro, contudo, também está sendo julgado pelo Supremo pelos ataques do 8 de Janeiro.
Cotas femininas
Bolsonaro criticou as cotas femininas. “O PL Mulher tem aparecido. As mulheres se interessam pela política pela sua capacidade, vontade de servir, e não por cotas, porque não deve ser dessa maneira.”
Mais cedo, Michelle criticou a demissão da então presidente da Caixa, Rita Serrano. Ela foi tirada do cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atender a um homem indicado pelo centrão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ex-aliado de Bolsonaro e, agora, integrante da base do governo petista.
“Nós não fazemos um discurso de que temos que ter várias mulheres num governo”, disse a ex-primeira-dama.
Michelle afirmou que “lançam campanha contra misoginia e, em seguida, demitem uma mulher. Neste momento, foi a presidente da Caixa. É só um discurso mentiroso para atingir um projeto. Depois demite essa mulher para fazer aliança com interesses políticos. O que é falso vai ser descoberto.”
Durante o governo de Bolsonaro, o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, foi demitido após a acusação de assediar sexualmente as servidoras do banco. Neste ano, ele virou réu na Justiça.
(Foto: Marcos Corrêa/PR)
Autor: O Sul
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