
Região confirmou surto de H5N1 entre cisnes-de-pescoço-preto, no início da semana
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul informou que deu resultado negativo para a gripe aviária H5N1 o teste da Fiocruz que examinou, no Rio de Janeiro, o material coletado de um servidor do ICMBio, que permanecia isolado no litoral Sul gaúcho. Motorista de um barco usado para recolher aves silvestres encontradas mortas, nos últimos dias, na Estação Ecológica do Taim, ele apresentou sintomas gripais, como febre. Esse era considerado o primeiro caso suspeito da doença em humanos no Rio Grande do Sul, após a confirmação de um surto de H5N1 entre cisnes-de-pescoço-preto. Até o momento, 63 aves morreram no Taim.
“Ele teve uma febre na primeira noite e no outro dia não teve mais. Mas pelo Taim ser uma área de H5N1, por precaução e pelo protocolo preconizado pelo Estado, pela Secretaria da Saúde e pelo Ministério da Saúde, a notificação é compulsória. Ele está bem, assim como o colega que estava junto, mas seguem em isolamento, por questão clínica protocolar”, explica o analista ambiental do ICMBio, Magnus Machado Severo. Segundo a Secretaria de Saúde, ambos serão liberados do isolamento assim que os sintomas gripais passarem.
Uma semana após a localização do primeiro animal morto, a fiscalização encerrou a quarta-feira com mais de 50% da Lagoa Mangueira vistoriada, ao longo de 128km de extensão. Nas últimas horas, as equipes do ICMBio, da Secretaria de Agricultura (Seapi) e da Patrulha Ambiental (Patram) não encontraram nenhum animal suspeito ou ave específica com alteração sanitária.
Em torno de 30 profissionais fazem o monitoramento da área com barcos, helicópteros e drones. “O número de aves na Lagoa varia conforme a sazonalidade. Quando encontramos carcaças, elas são manejadas, colocadas na vala, queimadas e a vala é coberta, como preconiza o protocolo”, relata o analista ambiental do ICMBio, Magnus Machado Severo.
O diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Francisco Paulo Nunes Lopes, detalha que os técnicos da Seapi já percorreram 112 propriedades localizadas no entorno da reserva ecológica. Dessas, 71 possuem aves de subsistência. “Além da Lagoa Mangueira, vistoriamos os espelhos d’água e pequenas lagoas, aves silvestres e de subsistência. Não encontramos registramos alterações”, finaliza.
Transmissão em humanos difícil
O vírus da Influenza Aviária não infecta facilmente humanos e de modo geral, a transmissão de pessoa a pessoa não é sustentada. Embora o risco exista, também não há evidências de que a doença possa ser transmitida às pessoas por meio de alimentos devidamente preparados e bem cozidos.
A transmissão ocorre por meio de aerossóis ou secreções (respiratórias, fezes, fluidos corporais) de aves infectadas, e pode ocorrer por contato direto ou indireto – por meio de fômites ou do meio ambiente.
Considerando que a forma de transmissão primária para humanos se dá pelo contato direto ou indireto com aves infectadas ou as excretas e secreções dos animais, as principais medidas de prevenção ao contágio dizem respeito à restrição desse contato.
Orientações
- Comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestivos ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres.
- Não manipular nem recolher aves ou animais silvestres mortos ou moribundos, que sejam encontrados ou não em ambientes silvestres.
- Evitar manipular e recolher aves ou animais mortos ou moribundos na propriedade ou no entorno dela. Se o manejo for inevitável, deve-se utilizar Equipamentos de Proteção Individual.
The post Descartada suspeita de gripe aviária em servidor do ICMBio, na reserva do Taim appeared first on Rádio Guaíba.
Autor: Rádio Guaíba
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