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El Niño: ONU diz que mundo deve se preparar para graves efeitos

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El Niño provoca extremos de chuva e seca no Brasil e em outras partes do mundo e é previsto para atuar com forte intensidade nos próximos meses | NICOLAS ASFOURI/AFP/METSUL METEOROLOGIA

O fenômeno meteorológico El Niño tem uma grande probabilidade de acontecer este ano e pode elevar as temperaturas a novos recordes de calor, alertou a ONU. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) calcula que há 60% de possibilidades de que ‘El Niño’ se desenvolva até o final de julho, e 80% de possibilidades de formação do fenômeno até setembro. A MetSul considera que o El Niño se instala entre junho e julho.

‘El Niño’ é um fenômeno climático natural geralmente associado ao aumento das temperaturas, ampliação da seca em algumas regiões do mundo e fortes chuvas em outras áreas. O fenômeno aconteceu pela última vez em 2018-2019 e foi seguido por um episódio particularmente longo de La Niña,

 

Apesar do efeito moderador da La Niña sobre a temperatura do planeta, os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. Sem La Niña, o nível de aquecimento teria sido pior. “Foi como um freio temporário ao aumento da temperatura mundial”, afirmou Petteri Taalas, secretário-geral da OMM, citado em um comunicado.

Porém, “o desenvolvimento do El Niño muito provavelmente levará a um novo pico do aquecimento global e aumentará as possibilidades de recordes de temperatura”, advertiu.

 

O último episódio muito forte  do fenômeno entre 2015 e 2016, que foi um Super El Niño, teve graves consequências no clima. A OMM destacou que 2016 foi “o ano mais quente já registrado devido ao ‘efeito duplo’ de um ‘El Niño’ muito forte e ao aquecimento provocado pelos gases de efeito estufa relacionados com a atividade humana”.

O impacto do ‘El Niño’ nas temperaturas normalmente é percebido no ano seguinte ao fenômeno meteorológico. Por isso, a OMM teme que os efeitos sejam observados, provavelmente, em 2024. “O mundo deve estar preparado para o ‘El Niño’”, alertou Petteri Taalas.

“Isso poderia levar a uma trégua na seca na região do Chifre da África e outros impactos relacionados a ‘La Niña’, mas também poderia desencadear fenômenos meteorológicos e climáticos mais extremos”, declarou.

 

Diante da situação, Taalas reiterou a necessidade de sistemas de alerta precoces – uma das prioridades da OMM – para proteger as populações mais ameaçadas. Não existem dois ‘El Niños’ idênticos e seus efeitos dependem em parte do período do ano em que acontecem, explica a OMM. O fenômeno ocorre a cada dois a sete anos em média e normalmente dura entre nove e 12 meses.

O fenômeno provoca o aumento das chuvas em algumas partes da América do Sul, dos Estados Unidos, do Chifre da África e na Ásia Central. No Brasil, provoca muita chuva no Sul e inibe as precipitações no Nordeste com maior risco de seca.

Na Austrália, Indonésia e algumas áreas do sul da Ásia pode provocar secas graves e incêndios. Durante o verão boreal (inverno no Brasil), o aquecimento das águas superficiais também pode resultar em mais furacões no Centro e Leste do Oceano Pacífico, segundo a OMM.

 

Autor: MetSul

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