Equipes da Prefeitura de São Borja e da Defesa Civil do município oferecem apoio às famílias ribeirinhas e proprietários de estabelecimentos localizados no Cais do Porto, já atingidos pela sexta enchente do rio Uruguai neste ano. Até a tarde de ontem, 25 pessoas já foram retiradas de suas casas no município da Fronteira Oeste.
Em decorrência das chuvas registradas em Santa Catarina, municípios das Fronteiras Oeste e Noroeste gaúcho estão em alerta. No Cais do Porto de São Borja as águas chegaram a 9,45 metros. O coordenador da Defesa Civil e Secretário de Infraestrutura, Moacir Tiecher, reforça que as frentes de trabalho estão com atenção redobrada, visto que algumas famílias da área ribeirinha já foram atingidas, devido à elevação causada pelo repique das águas.
Conforme dados da Defesa Civil, o nível do rio Uruguai no município de Iraí media ontem 6,64 metros. Em Itapiranga, Santa Catarina, a marca era de 5,68 metros. Já em Porto Mauá alcançava 9,47 metros e baixava. Por sua vez, em Garruchos, era de 12,03 metros e subindo.
Por conta da cheia, chegou a ser suspensa durante a semana a travessia da balsa em Porto Soberbo, no município de Tiradentes do Sul, e também em Porto Mauá. Os dois locais fazem fronteira com a Argentina e são banhados pelo Rio Uruguai. Em El Soberbio, seis famílias ribeirinhas tiveram de ser retiradas de suas casas, em um total de 18 pessoas, pela cheia. O nível do rio na localidade chegou a um pico de 13,65 metros. Em Porto Mauá superou 12 metro.
A tendência agora é de elevação mais ao Sul da bacia, em cidades como Itaqui e Uruguaiana, onde sequer choveu, mas não se antecipa uma grande cheia. A elevação do Rio Uruguai traz preocupação nesta época do ano na Fronteira Oeste gaúcha porque muitos produtores de arroz fazem seu plantio em várzea, ou seja, junto ao rio.
Autor: MetSul
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