Varíola do macaco: RS soma 120 casos confirmados da doença
Outros 358 registros estão em investigação no Estado

Em três meses, o Rio Grande do Sul já soma 120 casos confirmados de varíola do macaco (monkeypox), além de outros 358 registros que estão em investigação. O primeiro caso da doença no Estado foi em 12 de junho deste ano. Os dados atualizados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta quinta-feira, 08.
Os casos confirmados da doença estão distribuídos, de acordo com o boletim, por 28 municípios gaúchos. Porto Alegre é a cidade com o maior volume de pacientes com o quadro de saúde, com 61 casos, seguido de Canoas com 10.
No mês passado, o governo estadual confirmou a transmissão comunitária do vírus em solo gaúcho. Essa situação ocorre quando não é possível identificar a origem da infecção. Na época, o RS registrava 54 casos.
Sobre a doença
A monkeypox é causada por um vírus. Foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental.
Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.
Autor: Correio do Povo Acompanhe as Redes Sociais da Destaque News e receba as notícias atualizadas em tempo real. WHATSAPP , TELEGRAM , FACEBOOK , INSTAGRAM , TWITTER