
O Partido Liberal, partido de Jair Bolsonaro, é a legenda com o maior número de candidatos nas eleições deste ano, são 1.578. Os dados parciais constam na plataforma do Tribunal Superior Eleitoral que reúne informações sobre as candidaturas, o DivulgaCandContas. Segunda-feira (15) foi o último dia para os partidos registrarem seus candidatos.
Em seguida, vêm União Brasil, com 1.492; Republicanos, com 1.423; MDB, com 1.359; e PP, com 1.324. Do outro lado, a Unidade Popular (UP) é a legenda que registrou menos candidaturas, 60.
O partido com o maior número de candidaturas a governos estaduais é o PSOL, com 20.
Nestas eleições, as siglas com mais candidatos a governador são PSOL, PSTU, PCO, PL e PT, com 20, 17, 15, 14 e 13, respectivamente. Avante e PC do B não apresentaram nenhum registro para o cargo. Cidadania e Rede têm um candidato, e o Patriota, dois.
O PSOL também lidera em candidaturas ao Senado, com 20. Na sequência, vêm o PL, com 17; PSTU, com 14; PP, com 13; e PCO, também com 13. O Cidadania não registrou candidato a senador.
Para o cargo, o Cidadania não apresentou nenhum registro.
Na disputa pela Câmara dos Deputados, o Republicanos lidera em número de candidaturas, com 518. O União Brasil é o segundo colocado, com 506 pedidos, e o PL 502. O PP teve 501 registros, e o Podemos, 489.
O PL é o partido com o maior número de candidatos a deputado estadual, são 974 em todo o país. Em seguida, vêm União Brasil com 911 e Republicanos, com 858 registros. O MDB e o PDT também apresentaram alto índice de postulantes, com 809 e 767, respectivamente.
Segundo Fernando Meirelles, cientista político da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dos motivos para o PL ter um alto número de candidaturas é a migração de bolsonaristas para a legenda, depois da filiação de Bolsonaro.
“O PL é, por si só, uma legenda muito grande e, por ser uma legenda do Centrão, conseguiu se beneficiar do orçamento secreto e com fundo partidário, então tem recursos para disputar para lançar nomes competitivos. Mas o PL tem principalmente o fator Bolsonaro, de muita gente esperar que Bolsonaro vai conseguir levar junto consigo mais gente”, diz o cientista político.
Coligações
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o candidato à Presidência com o maior número de candidatos em sua coligação, são 8.259. Ao todo, nove legendas apoiam o petista: PC do B e PV, que fazem parte da federação “Brasil da Esperança” junto com o PT, Solidariedade, PSOL, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros.
A senadora Simone Tebet (MDB) é a segunda no ranking. Ela tem a seu favor, além da sua sigla, a federação PSDB-Cidadania e o Podemos. A coligação registrou 3.933 candidaturas no total.
Jair Bolsonaro, em terceiro lugar, tem o PP e o Republicanos ao seu lado; Junto com o PL, a coligação soma 4.325 registros.
De acordo com Meirelles, com as novas regras de federação e do cálculo de sobra, estabelecer um número de candidatos de acordo com o número de vagas “é uma boa estratégia” reunir um número menor de candidaturas, desde que elas tenham grande potencial de conquistar votos.
“Digamos que é uma adaptação. O PT lança menos candidatos, mas em muitos estados são nomes competitivos de quem já foi candidato, já ocuparam cargos executivos, Senado e Governo do Estado. É numa lógica também de privilegiar a disputa nacional, a presidência e dentro dos Estados com os outros partidos conciliando interesses para as disputas regionais”, complementa.
Evolução histórica
O PL teve, esse ano, o maior número de inscritos desde o início da série histórica disponível no DivulgaCandContas. – 1.578, segundo os dados parciais de 2022. Isso representa um aumento de 381% em relação a 1994, quando o partido teve apenas 328 candidatos.
Se comparado com os números de 2018, com 721 registros, o partido apresenta um crescimento de 118%. Logo atrás do PL, está o União Brasil – fusão do DEM com PSL, com 1.492 registros.
Já o PT registrou 1.105 candidaturas para as eleições deste ano. Em 2002, ano em que Lula foi eleito presidente pela primeira vez, o partido teve o maior número de inscritos no TSE: 1.582.
Uma queda significativa também foi registrada no PSDB, que apresentou o maior índice de candidaturas em 1998, com 1.282 pedidos. Desde 2018, esse número vem caindo – foi de 952 para 936 este ano. Já o MDB – antigo PMDB – se mantém nos primeiros lugares desde 1994. Para as eleições deste ano, a legenda tem 1.359 registros.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os senadores em fim de mandato
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1 de 27 Acre
Mailza Gomes (PP)
Mandato: 2019 – 2023
Suplente de Gladson Cameli, eleito em 2018 governador do Acre
Crédito: Divulgação/Senado
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2 de 27 Alagoas
Fernando Collor (PTB)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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3 de 27 Amapá
Davi Alcolumbre (União*)
Mandato: 2015 – 2023
Foi presidente do Senado entre os anos de 2019 e 2021
*Eleito pelo DEM
Crédito: Divulgação/Senado
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4 de 27 Amazonas
Omar Aziz (PSD)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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5 de 27 Bahia
Otto Alencar (PSD)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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6 de 27 Ceará
Tasso Jereissati (PSDB)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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7 de 27 Distrito Federal
José Antônio Machado Reguffe (União*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PDT
Crédito: Divulgação/Senado
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8 de 27 Espírito Santo
Rose de Freitas (MDB)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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9 de 27 Goiás
Luiz do Carmo (PSC)
Mandato: 2019 – 2023
Suplente de Ronaldo Caiado, eleito governador de Goiás em 2018
Crédito: Divulgação/Senado
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10 de 27 Maranhão
Roberto Rocha (PTB*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PSB
Crédito: Divulgação/Senado
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11 de 27 Mato Grosso
Wellington Fagundes (PL)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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12 de 27 Mato Grosso do Sul
Simone Tebet (MDB)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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13 de 27 Minas Gerais
Alexandre Silveira (PSD)
Mandato: 2022 – 2023
Suplente de Antônio Anastasia, eleito ministro do Tribunal de Contas da União (TCU)
Crédito: Divulgação/Senado
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14 de 27 Pará
Paulo Rocha (PT)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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15 de 27 Paraíba
Nilda Gondim (MDB)
Mandato: 2021 – 2023
Suplente de José Maranhão, que morreu em 2021
Crédito: Divulgação/Senado
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16 de 27 Paraná
Álvaro Dias (Podemos*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PSDB
Crédito: Divulgação/Senado
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17 de 27 Pernambuco
Fernando Bezerra Coelho (MDB*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PSB
Crédito: Divulgação/Senado
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18 de 27 Piauí
Elmano Férrer (PP*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PTB
Crédito: Divulgação/Senado
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19 de 27 Rio de Janeiro
Romário (PL*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PSB
Crédito: Divulgação/Senado
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20 de 27 Rio Grande do Norte
Jean Paul Prates (PT)
Mandato: 2019 – 2023
Suplente Suplente de Fátima Bezerra, eleita em 2018 governadora do Rio Grande do Norte
Crédito: Divulgação/Senado
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21 de 27 Rio Grande do Sul
Lasier Martins (Podemos*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PDT
Crédito: Divulgação/Senado
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22 de 27 Rondônia
Acir Gurgacz (PDT)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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23 de 27 Roraima
Telmário Mota (Pros*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleito pelo PTB
Crédito: Divulgação/Senado
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24 de 27 Santa Catarina
Dário Berger (MDB)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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25 de 27 São Paulo
José Serra (PSDB)
Mandato: 2015 – 2023
Crédito: Divulgação/Senado
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26 de 27 Sergipe
Maria do Carmo Alves (União*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleita pelo DEM
Crédito: Divulgação/Senado
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27 de 27 Tocantins
Kátia Abreu (PP*)
Mandato: 2015 – 2023
*Eleita pelo MDB
Crédito: Divulgação/Senado
Autor: CNN Brasil
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