
O ex-governador Geraldo Alckmin avaliou a aliados que, mais cedo ou mais tarde, a chapa de Lula ao Palácio do Planalto ganhará o apoio de dois partidos que hoje têm seus próprios candidatos à Presidência: MDB e PSD.
Na visão do ex-tucano, as siglas que hoje defendem a candidatura dos senadores Simone Tebet (MDB-MS) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, acabarão embarcando na empreitada petista.
Após 15 anos em que concorreram como rivais nas eleições presidenciais, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022Ana Nascimento/ Agência Brasil
Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos – Band/Reprodução
Após derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula – Filipe Cardoso/ Metrópoles
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Rafaela Felicciano/Metrópoles
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista – Michael Melo/Metrópoles
A aliança dos políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República – Michael Melo/Metrópoles
O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país – Igo Estrela/Metrópoles
De acordo com pesquisa realizada em setembro pelo Datafolha, Alckmim estava na liderança para o governo paulista – Igo Estrela/Metrópoles
A aliança entre os políticos ainda não foi oficializada. O acerto ainda depende de um acordo sobre qual partido o ex-governador se filiaria – Ana Nascimento/ Agência Brasil
Ao ser vice de Lula, o ex-governador pode ganhar ainda mais projeção política que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026 – Rafaela Felicciano/Metrópoles
Segundo aliados, Alckmin acredita que nenhum dos nomes que hoje se colocam como “terceira via” terá viabilidade eleitoral. Por isso, acabarão recuando diante do cenário de polarização entre Lula e Jair Bolsonaro.
O ex-governador pode colaborar para que um novo mandato petista seja mais ortodoxo economicamente, dizem os interlocutores do ex-tucano.
Em encontro com o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, Alckmin demonstrou preocupação com a revogação da reforma trabalhista defendida por Lula e por lideranças do PT.
A presença de Alckmin como vice de Lula, avaliam aliados do ex-governador, levaria a chapa petista mais ao centro e facilitaria a aproximação tanto do MDB de Baleia Rossi (SP), quanto do PSD de Gilberto Kassab.
Mais do que isso, Alckmin tem demonstrado animação com o prognóstico de que, caso seja realmente o candidato à vice-presidência na chapa de Lula, o petista tem boas chances de ganhar em um segundo turno.
Autor: Metropoles